A família acredita que o menino Luiz Otávio Santana de Lima, de 11 anos, assassinado no final da tarde de sábado em fazenda na zona rural de Sidrolândia, foi alvo de um plano premeditado de vingança. De acordo com o tio, o pintor Nilton Vargas Lemes, de 52 anos, o suspeito, Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, de 23 anos, jurou se vingar ao ser preso após denúncia de violência doméstica por agressão contra a esposa, prima da vítima.

Durante entrevista ao jornal Midiamax, Nilton informou que Ivan chegou a ficar três meses na e que por este motivo pode ter assassinado o menino como forma de atingir a família. “Ele ficou revoltado quando foi preso e disse que iria se vingar”, comentou o tio. Nilton salientou que Ivan teria premeditado tudo. “Ele pediu a empresta, chamou a família para ir para a fazenda e até mesmo arrumou um carro para levar todos, porque sabia o que ia fazer”.

Conforme apurado, Ivan chamou Luiz e o irmão de 13 anos para irem caçar jacaré com uma arma artesanal calibre 22. De acordo com Nilton, o sobrinho de 13 anos detalhou que, depois que o trio se afastou da família, Ivan teria sacado a arma e dito para Luiz: “Ajoelha, pede perdão e reza, porque você vai morrer hoje”. Os meninos ficaram em choque e não entenderam a situação, até que Ivan ameaçou novamente e apontou a arma.

Neste momento, o irmão fugiu correndo, momento em que ouviu o som de um disparo. Quando ele olhou para trás, viu o suspeito tentando carregar a arma mais uma vez. “Ele [o sobrinho de 13 anos] achou que ia ser morto também, mas a arma demorou demais para ser carregada”, pontuou o tio. A família foi avisada e chegou ao local, onde Luiz estava baleado. O menino teria dito à mãe: “Foi o Ivan que atirou em mim”. E em seguida perguntou: “Será que vou morrer?”.

Ele chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital. O tiro atingiu o garoto nas costas e atravessou o abdômen. Ivan foi preso e, em uma de suas versões, disse que foi tentar atirar em um jacaré, quando a vítima entrou na linha de tiro. No entanto, a polícia contesta a versão alegando que sequer havia uma lagoa perto do local onde o crime aconteceu. Nesta segunda-feira, a Justiça decretou a prisão preventiva de Ivan. A família está bastante abalada, especialmente o irmão, que presenciou o ato.