“Estão se sentindo heróis”: PMs criticam ação da Polícia Municipal que prendeu sargento
Policiais militares de Campo Grande criticaram postura da Polícia Municipal que, na tarde desta sexta-feira (1º) prendeu um sargento reformado da Polícia Militar, de 63 anos, após confusão em uma unidade de saúde no Bairro Nova Bahia. Após a ação, o sargento teve ferimentos no joelho e ficou com a camiseta que usava parcialmente rasgada. […]
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Policiais militares de Campo Grande criticaram postura da Polícia Municipal que, na tarde desta sexta-feira (1º) prendeu um sargento reformado da Polícia Militar, de 63 anos, após confusão em uma unidade de saúde no Bairro Nova Bahia. Após a ação, o sargento teve ferimentos no joelho e ficou com a camiseta que usava parcialmente rasgada.
“Os guardas depois que ganharam a nomenclatura de polícia estão se achando verdadeiros heróis e trabalham de forma extremamente arbitrária e desleal. Passaram a tratar a população como inimigo, se sentem reis. É algo fora do comum”, disse um policial em entrevista ao Jornal Midiamax.
Outro militar classificou como ‘totalmente errada’ a abordagem e lembrou que, no caso em questão, a Polícia Militar deveria ser acionada para atender a ocorrência. “Os guardas não têm competência para fazer o que fizeram”, relata.
Em um vídeo divulgado horas depois da prisão do sargento reformado, Mário Sérgio do Couto, presidente da ACS-MS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), repudiou o trabalho feito pela Polícia Municipal e informou que a entidade vai representar contra os servidores que participaram da ocorrência.
“É inadmissível, é uma instituição que não tem direito legal de fazer uma atitude dessa. Nós, que representamos a classe, vamos representar contra isso”, informou o sindicalista.
O caso
Discussão entre uma enfermeira da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Nova Bahia e um sargento reformado da Polícia Militar, de 63 anos, terminou em confusão, nesta sexta-feira (1º), em Campo Grande. Todos foram parar na delegacia.
O filho do sargento contou ao Jornal Midiamax, que o pai tinha ido até a unidade de saúde e teria reclamado da demora no atendimento. O militar que seria hipertenso, reclamou da demora no atendimento quando começou a confusão no local.
“Ele teve uma indisposição verbal com a enfermeira, não ameaçou ela, ou disse, que buscaria uma arma”, falou o filho do sargento, que completou “Eles (Polícia Municipal) prestaram um serviço arbitrário. Meu pai foi derrubado e algemado”, finalizou.
O sargento reformado estava com ferimentos nos joelhos e com a camiseta regata parcialmente rasgada. O militar teria sido levado até a 3º Delegacia de Polícia Civil, no compartimento de presos.
Já a assessoria de comunicação da Polícia Municipal afirmou que foi acionada pela enfermeira que se sentiu ameaçada pelo sargento que teria dito a ela, “Vou na minha casa e já volto”. A Polícia Municipal, então, acionou o oficial de ronda da Polícia Militar para repassar as informações sobre o caso.
Ele teria sido conduzido na viatura da Polícia Municipal no banco da frente e levado para a delegacia. Versão contestada pelo sargento da polícia militar.
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