Ladrão que matou adolescente no Ramez Tebet acusa vítima de ‘provocar’ própria morte

Haniel Souza Santos, de 20 anos, foi preso e apresentado pela polícia como o suspeito da morte do adolescente Jean de Oliveira, de 17 anos, durante um assalto no bairro Ramez Tebet, em Campo Grande. O crime aconteceu em junho deste ano. A prisão demorou para acontecer já que Haniel fugiu após o crime. A […]

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Haniel Souza Santos, de 20 anos, foi preso e apresentado pela polícia como o suspeito da morte do adolescente Jean de Oliveira, de 17 anos, durante um assalto no bairro Ramez Tebet, em Campo Grande. O crime aconteceu em junho deste ano.

A prisão demorou para acontecer já que Haniel fugiu após o crime. A polícia informou que, durante sua prisão, semana passada no bairro Aero Rancho, ele disse estar arrependido e culpou a vítima pela própria morte.

Segundo Haniel, Jean teria puxado o cano do revólver momento em que a arma disparou, causando a sua própria morte. O crime aconteceu durante o roubo do celular do garoto em um ponto de ônibus no bairro.

De acordo com o delegado da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Reginaldo Salomão, o autor já vinha sendo investigado há algum tempo após um assalto a um açougue, onde houve uma troca de tiros. Na ocasião foram disparados 15 tiros. Os comparsas de Haniel foram detidos no dia e só ele fugiu.

Haniel, que morava a dois quarteirões da casa da vítima, desde os 15 anos praticava roubos e furtos.

Relembre o caso

Jean Oliveira, 17 anos, morreu na tarde do dia 26 de junho depois de ser atingido com um tiro no peito durante um assalto no bairro Ramez Tebet.

Segundo informações da polícia, a vítima teria reagido ao ser abordado por assaltante em um ponto de ônibus. O ladrão queria roubar o celular de Jean teria se negado a entregar o aparelho, sendo atingido por um tiro no peito.

O adolescente foi socorrido por equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado para a Santa Casa. Ele teve hemorragia grave, não resistiu aos ferimentos e morreu.

O caso causou comoção entre os moradores do bairro. Jean foi apontado como um menino exemplar. No momento do crime, Jean voltava do trabalho, era menor aprendiz no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Saturnino Justino, chefe da seção de logística e engenharia do INSS, onde Jean trabalhava contou que ele era muito querido por todos no trabalho, “Ele era muito prestativo, interessado em aprender. Todos gostavam muito dele e estamos muito abalados com o que aconteceu”, finalizou.

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