Após morte de policial, secretário vai a Brasília pedir reforço na fronteira

Videira se reúne com ministro da segurança pública 

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Videira se reúne com ministro da segurança pública 

Uma semana após a morte do policial civil Wescley Vasconcelos, executado a tiros de fuzil em Ponta Porã, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira vai a Brasília para reunião com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Entre as pautas a serem tratadas,Videira deve solicitar reforço nas ações da União na região de fronteira.

De acordo com a assessoria de comunicação da Sejusp, o secretário embarca para Brasília na tarde desta quarta-feira (14) e se reúne com Jungmann às 14h30 de quinta-feira (14). No encontro estarão presentes todos os secretários de segurança do País. Os temas a serem debatidos na reunião não foram divulgados, no entanto, para o representante de Mato Grosso do Sul a situação da fronteira será tema certo a ser colocado em pauta.

Na sexta-feira (9), o secretário esteve com representantes do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul). Segundo o presidente da entida,  Giancarlo Miranda, no encontro ele foi informado das principais demandas dos servidores que atuam em regiões fronteiriças.

“Informamos que precisamos de reforço no número de policiais que hoje não passa de uma centena em uma área com uma quilometragem enorme. A estrutura precisa ser melhorada, delegacias equipadas, e a União precisa estar mais presente”, contou Giancarlo.

O sindicalista explica que outro ponto que merece atenção é a remuneração dos policiais civis, que hoje não recebem adicional por atuar em áreas consideradas de risco, ao contrário de policiais federais.

“Hoje esses servidores não tem motivação nenhuma para trabalhar numa região onde o crime é mais complexo e as armas usadas são de calibres maiores. Se esse policial não tiver um adicional como hoje tem os policiais federais, eles vão abandonar a fronteira”, relata.

Execução

Wescley foi executado a tiros no fim da tarde da última terça-feira (6) no momento em que chegava em casa, no Bairro Vila Reno, em Ponta Porã, cidade a 325 quilômetros da Capital. Ele fazia parte do Sig (Setor de Investigações Gerais) e era lotado na 1º Delegacia de Polícia da cidade. Ninguém foi preso até o momento.

Wescley estava em um carro Fiat Siena da Polícia Civil, junto com uma estagiária da delegacia, quando ambos foram abordados por dois homens que estavam em um veículo Honda Civic. Wescley estava próximo de casa, na Rua Campo Grande esquina com a rua Tuiuti na Vila Reno.Após morte de policial, secretário vai a Brasília pedir reforço na fronteira

O Honda Civic ficou ao lado do carro do policial, os autores desceram e executaram o policial com tiros de fuzil AK 47 e 7.62. Segundo o Sinpol, a jovem que foi levada para atendimento também ficou ferida, mas não corre risco de morte.

Moradores próximos disseram ao site Ponta Porã Informa que, após os disparos, os autores entraram no veículo e fugiram em direção ao bairro Residencial.

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