Réu assume assassinato de Alceu Bueno e pega 21 anos após redução de pena
Outros dois foram condenados a 22 anos de prisão cada um e defesa deve apelar
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Outros dois foram condenados a 22 anos de prisão cada um e defesa deve apelar
Elpídio Cesar Macena do Amaral,um dos condenados pelo roubo seguido de morte e ocultação do corpo o ex-vereador Alceu Bueno, assumiu o assassinato durante júri e foi condenado a 21 anos de reclusão em regime fechado pelos crimes, após redução de pena por confissão. Kátia de Almeida Rocha foi condenada a 22 anos e 2 meses e Josian Edson Cuando Macena a 22 anos, pelos mesmos crimes.
A sentença foi proferida pela 6ª Vara Criminal de Campo Grande e o resultado do julgamento foi publicado nesta segunda-feira (10) no Diário da Justiça de Mato Grosso do Sul. O processo segue em sigilo, mas segundo a defesa de Josian, a advogada Valda Nóbrega, Elpídio assumiu durante julgamento que já estava em luta corporal com Alceu e já havia golpeado o ex-vereador com uma tábua de carne, quando Josian chegou.
Defesa de Josian respeita a decisão do Tribunal, mas deve apelar contra a sentença. Tese da defesa de Josian é de que ele não participou do latrocínio, porque não furtou nenhum objeto da vítima e não entrou na camionete para levá-la ao Paraguai como os outros fizeram
”A perícia não encontrou vestígios de que o martelo foi usado por Josian para matar a vítima, ao contrário da tábua de carne que o Elpídio usou e que foi confirmado no laudo pericial. São nesses detalhes que a defesa vai se apegar para apelar, inclusive, em juízo Elpidio contou que quando Josian retornou da conveniência ele já estava em luta corporal com a vítima e já tinha golpeado com a tábua de cortar carne”, explicou Valda Nóbrega.
O Jornal Midiamax tentou contato com a defesa da família do ex-vereador, que afirmou estar em reunião e se posicionar no fim da tarde.
Entenda o crime
O corpo de ex-vereador foi encontrado no dia 21 de setembro, carbonizado e com sinais de estrangulamento no Jardim Veraneio, em Campo Grande. Imagens de câmeras de segurança, de um condomínio que fica na região, gravaram o momento em que o corpo foi abandonado pelos suspeitos e em seguida queimado.
Foram dois meses e várias linhas de investigação até o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) chegar aos três suspeitos e concluir que o crime se tratava de um latrocínio.
A intenção do suspeito, no princípio, era dar “uma reprimenda” no ex-vereador por conta do excesso de mensagens com a mulher. Mas com a convivência, Kátia percebeu que Bueno costumava andar com muito dinheiro e acabou contando para o amante e o comparsa, Josian.
Elpidio então armou o plano e pediu para a mulher marcar um encontro com o ex-vereador na casa que morava, no Jardim Seminário, onde os ele e o amigo ficariam esperando. Alceu teria sido morto no quarto de Katia, de acordo com a polícia, a golpes de martelo e de uma tábua de carne.
“O primeiro a atacar a vítima foi Josian Edson que o golpeou na cabeça por várias vezes fazendo uso de um martelo, na sequência recebeu ajuda de Elpídio Cesar que, da mesma forma, golpeou a vítima na cabeça fazendo uso de uma tábua de bater carne”, descreveu o delegado responsável pelo caso, Edilson dos Santos Silva. Ainda conforme a polícia, Alceu “agonizava” quando os suspeitos o enforcaram com a alça de uma bolsa.
O corpo foi carbonizado e em seguida o carro do ex-vereador, uma Land Rover Freenlander, foi levado por Kátia e Elpídio para Ponta Porã. Como não conseguiram vender, os suspeitos atearam fogo no veículo. No dia do crime a trio roubou R$ 600 de Bueno. Na época, o martelo usado no crime, ainda com vestígios de sangue, também foi apreendido pela polícia, que chegou a fazer a reconstituição do crime com os três suspeitos.
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