Presa na Capital, mulher de Beira-Mar é transferida durante operação da PF

Será transferida para Porto Velho

Será transferida do Presídio Federal de Campo Grande para Porto Velho ainda nesta quarta-feira (24), a mulher de Luís Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, em operação deflagrada pela Polícia Federal ‘Epístolas’, Jacqueline Alcântara de Morais.

Durante a operação deflagrada nesta manhã (quarta), dois mandados em Mato Grosso do Sul foram cumpridos, sendo um em Campo Grande e outro em Três Lagoas. Foram cumpridos 35 mandados de prisão, sendo 22 de prisão preventiva, 13 de prisão temporária e 27 conduções coercitivas, e 86 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Ceará, Paraíba e Distrito Federal.

Após a reconstituição do bilhete e exame, atestou-se ter sido escrito pelo líder da quadrilha. Pelo documento, foi possível identificar ordens a outros integrantes do grupo que se encontravam em liberdade. Foram apreendidos cerca de 50 bilhetes redigidos ou endereçados a Beira-Mar que eram entregues por um esquema elaborado e sofisticado para a transmissão de seus recados.

De acordo com as investigações, a quadrilha movimentou valores acima de R$ 9 milhões. O dinheiro estava depositado em 51 contas bancárias e foram suspensas as atividades de nove empresas, que o traficante comandava.

Prisões

Os cinco filhos de Beira-Mar foram presos: Taiuã Vinícius da Costa, Thuany Moraes da Costa, Luan Medeiros da Costa, Felipe Alexandre da Costa e Marcelo da Costa.

Beira-Mar

Desde 2006, Fernandinho Beira-Mar está preso em uma penitenciária federal. Em 2007, a Polícia Federal investigou o criminoso e descobriu que, apesar da vigilância, ele manteve o fornecimento de drogas, maconha e cocaína, para favelas do Rio.

A investigação da polícia federal levou 19 pessoas à prisão. O traficante acumula penas que somam quase 320 anos de prisão em crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.

Em 2015, Beira-Mar foi condenado a 120 anos de prisão apontado como responsável liderar uma guerra de facções, em 2002, dentro do presídio de segurança máxima Bangu I, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, quando quatro rivais foram assassinados.