Polícia anuncia prisão de pistoleiros que mataram casal de brasileiros no Paraguai

Crime aconteceu no dia 2 deste mês em Assunção

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Crime aconteceu no dia 2 deste mês em Assunção

Quatro homens foram presos na tarde desta quinta-feira (12) acusados pela morte de Paulo Jacques, de 41 anos, e Millena Soares, de 26 anos, um casal de brasileiros executado a tiros no 2º dia de 2017 em Assunção, capital do Paraguai. Os supostos criminosos são todos do Brasil e foram flagrados com armas e dinheiro em uma casa em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, distante 343 quilômetros de Campo Grande.

A ação da polícia paraguaia teve ajuda do depoimento prestado pela irmã de Millena, que sobreviveu ao ataque e chegou a conversar com um dos pistoleiros instantes após o crime, que a mandou “calar a boca”.  Foram presos Gabriel Ferreira Santos, Leandro Lucas de Oliveira dos Santos, Janderson Luis Sequeira e Peterson Lucas Cacenote de Souza.

Os supostos matadores estavam em uma casa no Barrio Guaraní, onde foram apreendidos veículos, três pistolas, aparelhos de telefonia celular, dinheiro e documentos.

Conforme o jornal ABC Color, atuaram nessa operação o fiscal antinarcóticos Hugo Volpe, os comissários principais Abel Cañete, o diretor de Apoio Técnico, César Silguero, chefe de Investigação de Delitos e Sergio Insfrán, da Divisão de Homicídios, além de equipes de Criminalística.

Segundo a imprensa do país vizinho, Jacques era homem de confiança do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, preso em Assunção e apontado como mentor da morte de Jorge Rafaat Toumani, o “Rei da Fronteira”, também nascido no Brasil e executado num violento atentado com uso de metralhadora antiaérea calibre .50 no dia 15 de junho de 2016.

A execução do casal brasileiro no início deste ano seria uma mensagem a Pavão, conforme a advogada que o representa avaliou dias após o crime. Criminalistas paraguaios indicaram que Jacques levou 30 tiros de arma fuzil AK-47 e pistola calibre 9 milímetros com munição expansiva. Sua namorada, Millena, douradense que cursava medicina em Pedro Juan Caballero, foi baleada uma única vez, na cabeça. Ambos morreram no local, antes da chegada de equipes de socorro.

As vítimas transitavam pelo Bairro da República, na capital paraguaia, em uma caminhonete Toyota Hilux branca, conduzida por Jacques, quando foram interceptados por duas picapes ocupadas por pistoleiros fortemente armados que começaram a efetuar seguidos disparos. Os veículos utilizados no crime foram encontrados abandonados nas redondezas da ocorrência em menos de 48 horas; haviam sido roubados no Brasil e rodavam no Paraguai regulamentados com o uso de documentos falsos, segundo os investigadores.

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