Estudante de medicina pagou fiança de R$ 50 mil

A Polícia Civil analisa as imagens de câmeras de segurança de um hotel e do Shopping Campo Grande, que podem ter registrado o momento em que aconteceu o acidente que acabou na morte da advogada Carolina Albuquerque, na última quinta-feira (2).

O delegado que cuida do caso Geraldo Marin da 3º delegacia de polícia da Capital, disse ao Jornal Midiamax que algumas imagens coletadas pela polícia estão sendo analisadas para confirmar o depoimento das quatro testemunhas, que já foram ouvidas.

Ainda de acordo com Marin pessoas que se manifestaram nas redes sociais afirmando terem visto o acidente serão identificadas e chamadas para prestar depoimento sobre a colisão entre a camionete Nissan Frontier conduzida pelo estudante João Pedro de 23 anos e o veículo Fox conduzido por Carolina.

O delegado ainda espera pelos laudos periciais que devem ficar prontos em dez dias. O acidente aconteceu na madrugada da última quinta-feira (2) em frente ao Shopping Campo Grande. A camionete do estudante, que estaria a 160 km/h, colidiu com o carro de Carolina, que morreu no local.

João Pedro Miranda da Silva Jorge foi solto nesta segunda-feira (6) após pagar fiança de R$ 50 mil e colocar uma tornozeleira eletrônica, uma das condições para sua liberdade. Ele também teve de entregar o passaporte, a CNH (Carteira de Habilitação) foi suspensa. O estudante também não poderá deixar a cidade, sem permissão e terá de se apresentar mensalmente à Justiça.

O acidente que terminou na morte da advogada aconteceu na madrugada de quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena em frente ao Shopping Campo Grande. Ao delegado Enilton Zalla, João Pedro teria dito que não estava bêbado e que dirigia no máximo a 70 km/h.

João Pedro afirmou que fugiu do local do acidente porque teria sido ameaçado e chamado de assassino por testemunhas que estavam no local, porém, a versão do suspeito é contestada.

O filho da advogada, de 3 anos, teve traumatismo craniano e fratura na clavícula. O menino teve alta no domingo (5), e está sob os cuidados da avó materna, e deve passar por mais exames já que sente dificuldades ao se locomover.Polícia analisa câmeras de shopping e hotel em inquérito sobre morte de advogada

Fraude processual

João Pedro ainda pode responder por fraude processual de um acidente ocorrido no início do ano em que o pai do estudante teria ‘assumido’ a culpa. O acidente teria acontecido na rotatória da Avenida Tamandaré e Euler de Azevedo.

Segundo a delegada Cristiane Grossi de Araújo da 7º delegacia de polícia, as investigações sobre uma possível fraude serão feitas e não há dia para que o pai de João Pedro seja ouvido para esclarecimentos do caso.