Com surto de doenças respiratórias em Mato Grosso do Sul, a vacinação contra a gripe tem se mostrado a principal aliada no controle da doença no Estado, impedindo agravamento de sintomas e, consequentemente, procura nas unidades de saúde. Todos os anos, rede pública e privada disponibilizam dois tipos da vacina que protegem contra a doença. Mas qual o melhor?
Disponível nas unidades de saúde de Campo Grande, a vacina da gripe disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) protege moradores contra três cepas do vírus Influenza, dois subtipos da Influenza A e um subtipo da Influenza B, tipagens que tiveram maior circulação no País em 2023.
“Neste ano, a vacina disponibilizada é eficaz contra três tipos de cepas de vírus em combinação: a. A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09; b. A/Thailand/8/2022 (H3N2); c. B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria)”, detalha a Prefeitura.
A vacinação obedece instrução normativa da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que atesta a segurança e eficácia no combate aos sintomas e agravamento da doença.
E na rede privada?
Já na rede privada de saúde a proteção vai além. Chamada tetravalente ou quadrivalente, o imunizante disponível em unidades particulares oferece proteção para dois subtipos de Influenza A e mais dois subtipos de Influenza B, se tornando ainda mais eficiente no combate à gripe. O preço varia entre R$ 100 e R$ 150.
Apesar de ampliar um pouco mais a cobertura, ambas as vacinas se mostram eficazes contra o vírus da gripe.
Doses disponíveis
De acordo com a Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande), até o momento 137,8 mil pessoas procuraram a rede pública para se imunizar contra a gripe. Das 160 mil doses em estoque antes de ampliar o público, agora restam 52 mil.
A campanha de vacinação contra a gripe começou em março, mas desde 1° de maio foi ampliada para toda a população acima de seis meses. A imunização acontece nas 74 unidades de saúde de Campo Grande e há plantões aos finais de semana.
Na última semana, o Estado contabilizou 259 casos e 22 mortes decorrentes do vírus da gripe, o que representa um salto de 57% nos últimos sete dias em comparação aos 14 óbitos registrados na semana anterior.
Dentre as novas mortes, cinco ocorreram em Campo Grande, duas em Dourados e uma em Aquidauana. As vítimas tinham entre 24 e 87 anos e todas possuíam comorbidades.