Juiz Odilon absolve Pavão, suspeito de ser mandante da morte de Rafaat

Pavão foi absolvido em processo de lavagem de dinheiro

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Pavão foi absolvido em processo de lavagem de dinheiro

O juiz federal Odilon de Oliveira decidiu absolver Jarvis Chimenes Pavão, narcotraficante brasileiro atualmente preso no Paraguai, em processo que responde pelo crime de lavagem de dinheiro. Pavão também é suspeito de ter sido o mandante da morte do traficante paraguaio Jorge Rafaat Toumani, assassinado em uma emboscada em junho deste ano, em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã.

A informação foi confirmada nesta quinta-feira (24) pela 3ª Vara Federal de Campo Grande, na qual Odilon é o juiz titular. Segundo a servidora Ana Paula, o juiz está com agenda limitada, e por isso, não pode dar detalhes sobre a decisão.

Ela revelou que Pavão foi absolvido na ação penal 2002.6002.001.823-6, na qual responde pelo crime de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores. A ação também cita envolvimento em associação para a produção de tráfico de drogas.

O Jornal Midiamax consultou o andamento da ação e constatou apenas, que em setembro deste ano, foi lavrado alvará em nome de Douglas Ortiz da Silva. Ainda não consta decisão referente a absolvição. 

Segundo a servidora, que já teve acesso ao despacho de Odilon de Oliveira, ainda não é possível citar outros detalhes, apenas que ele foi absolvido da acusação de lavagem de dinheiro. Ela também não soube confirmar se a decisão interfere na prisão de Pavão no Paraguai.

Pavão cumpre pena de oito anos de prisão no Paraguai por tráfico de drogas. Já havia sido condenado no Brasil a 17 anos de cadeia por lavagem de dinheiro, mas fugiu para o país vizinho, onde foi detido em 2009.

Suspeita-se ainda que Pavão tenha sido o mandante da morte do traficante paraguaio Jorge Rafaat Toumani, assassinado em uma emboscada em junho deste ano em Pedro Juan Caballero.

Quando cumpria pena no Presídio de Tacumbu, o brasileiro, tido como chefe do tráfico de drogas na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, ostentava instalações luxuosas. A situação foi descoberta pela polícia paraguaia ao fazer buscas na cela neste ano. A cela, de três cômodos, contava com sala de reuniões, TV de plasma, biblioteca e cozinha.

Diante da descoberta, Pavão foi transferido para uma unidade de segurança máxima, onde permanece preso. 

Morte Rafaat

Pavão é um dos suspeitos de encomendar a morte do empresário Jorge Rafaat, no dia 15 de junho. Ao sair de seu escritório em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com o Mato Grosso do Sul, a vítima foi atacada por um grupo de pessoas fuzis AK 47 e Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.

No local, além de centenas de cápsulas de projéteis, a polícia também encontrou armas de grosso calibre, tais como fuzis e 50, todos de posse militar, que furaram a blindagem do Jipe Hummer , do mesmo modelo utilizado pelo exército dos Estados Unidos. Nele, estava Jorge Rafaat Toumani, vítima fatal. Vários outros ficaram feridos, dentre eles um policial identificado como Jorge Espindola.