Juiz mantém presa envolvida em morte provocada por suposta ‘roleta-russa’

O caso ainda é investigado 

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O caso ainda é investigado

A namorada do homem de 40 anos encontrado morto com um tiro na cabeça no sábado (24), em uma casa da Rua dos Arquipélagos, no Coophavila II, teve a prisão preventiva decreta em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (26). O juiz optou por manter sua prisão por entender que ela ‘induziu ou auxiliou o suicídio’ do namorado durante uma brincadeira de roleta-russa.

O caso segue em investigação na 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. Para o delegado responsável pela investigação, Edemilson José Holler, a mulher de 29 anos contou que depois de uma noite regata a álcool, o namorado a convidou para brincar de roleta-russa, mas ela negou.

A suspeita ainda relatou que viu o momento em que o homem colocou dois projéteis no tambor do revólver calibre 22, girou e apontou para a própria cabeça. Depois do tiro, a mulher correu até uma casa vizinha e pediu ajuda, mas quando o socorro chegou ao local, o homem já estava morto.

“Agora estamos esperando os laudos, que devem sair em 10 dias, para ver se o tiro realmente partiu da mão da vítima ou dela. Assim vamos ter um parecer melhor sobre esse inquérito”, explicou o delegado. Ainda conforme Holler, familiares da vítima devem ser ouvidos nos próximos dias.

Até o momento, a mulher está sendo investigada pelo crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, que tem pena de dois a seis meses de reclusão.

Entenda o caso

Após os bombeiros chegarem na casa e constatarem o óbito, equipes da Polícia Civil e Perícia foram acionadas, além do SIG (Setor de Investigações Gerais). Vizinhos afirmaram que o homem chegou em casa com a namorada por volta das 5 horas e teriam discutido. “Foi uma briga feia, ouvimos os gritos e também ela o agredindo”, contou uma testemunha que preferiu não se identificar.

Segundo a investigação, o casal já havia terminado várias vezes e era usuário de drogas. Durante a perícia, foram encontrados dois papelotes de cocaína no bolso da vítima, o que leva a polícia acreditar que no momento da morte, ela estivesse sob o efeito do entorpecente.

Já a arma usada no crime, segundo a suspeita, seria do namorado, que não tinha registro ou autorização de porte.

O homem morava com a filha, que ainda é criança, e era tido como um ‘paizão’ pelos familiares, que afirmam não acreditarem em suicídio. A menina não estava na residência na hora do crime.

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