Caso aconteceu no dia 10 de setembro

A estudante de 23 anos, apontada como vítima de sequestro no último dia 10, ao sair do 21 Music Bar, apresentou à polícia um exame toxicológico. Ela fez o exame por conta própria, pra provar que não fez uso de entorpecentes e também para tentar identificar se foi dopada por pessoas que estavam no estabelecimento.

Segundo o delegado Gustavo Ferraris, da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), responsável pelo caso, as investigações estão lentas, já que ele aguarda resposta de pedidos judiciais. Outros pontos já foram adiantados, como ouvir as testemunhas “É importante ouvir o quanto antes, porque depois elas acabam esquecendo os fatos”, afirmou o delegado. Ainda segundo Ferraris, foi feita perícia do carro da estudante, que foi carbonizado.

“Algumas provas não dependem só da gente, por isso o trabalho está um pouco mais lento nessa fase”, disse o delegado. Segundo a autoridade, um estudante apontado pela vítima como um dos autores do sequestro, não estava no bar no momento do ocorrido, como foi dito pela jovem. No entanto, isso não descarta a participação dele no caso. “Até então, o que temos é que ele não estaria envolvido no crime”, disse Ferraris.

O exame toxicológico foi feito pela estudante, para provar que ela não consumiu qualquer tipo de droga. Entretanto, o delegado tentava identificar se ela teria ingerido ‘Boa Noite Cinderela’, mas tal componente não é detectado pelo exame. “Infelizmente ela também não se lembra de detalhes do que aconteceu”, afirmou o delegado.

Sequestro e roubo

A estudante afirmou à Polícia Militar saía de uma festa no 21 Bar e Lazer, localizado próximo à avenida Ceará, quando dois criminosos a obrigaram a entrar no carro, um Fiat Pálio, e sentar no banco do passageiro.

Em seguida, eles começaram a rodar pela cidade e sem saber ao certo se estavam realmente armados, já que ela não consegue se recordar de nenhuma arma, a vítima começou a mexer no câmbio para tentar dificultar a ação, no que os homens se irritaram e prenderam a jovem no porta-malas do carro. Após algum tempo, ela conseguiu abrir o bagageiro, mas os homens perceberam e a prenderam novamente.

Então pela segunda vez, a vítima conseguiu abrir o compartimento e chegou a entrar em luta corporal com os bandidos quando eles tentaram segurá-la de novo, e na confusão ela mordeu a mão de um deles, conseguiu correr e fugir. A estudante pediu ajuda a um casal que passava na rua e os homens sumiram com o carro, o celular e os pertences pessoais da vítima.

Horas depois, o carro da moça foi encontrado carbonizado, próximo ao Cedesc da Funlec, na Rua Água Azul, próximo também à Uniderp Agrárias. A frente do carro estava danificada com o capô amassado, mas a polícia não disse se os bandidos bateram o carro, que deve passar por perícia.