Delegado terá de pedir a Justiça para procurador sair de presídio e ser ouvido

Zeolla foi levado direto para penitenciária pelo Gaeco

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Zeolla foi levado direto para penitenciária pelo Gaeco

O procurador de justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla preso na manhã desta sexta-feira (24) por estupro de vulnerável foi encaminhado para o Centro de Triagem de Campo Grande, antes de ser levado para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde seria interrogado.

De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, Zeolla é investigado por equipes da delegacia especializada pelo abuso de uma menina de 13 anos e no final de abril teve a prisão preventiva decretada.

O mandado foi cumprido nesta sexta-feira pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que encaminhou o preso direto para o presídio. De acordo com o delegado, o ex-procurador deveria ser levado para a delegacia, onde seria interrogado sobre o caso antes de ser custodiado.

Em virtude a transferência ‘antecipada’, a Polícia Civil precisará de uma autorização judicial expedida pela Vara de Execução Penal da Capital para retirar Zeolla do Centro de Triagem e encaminhá-lo a delegacia. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax foi informada que o Gaeco não irá se manifestar sobre o caso.

Histórico

Carlos Alberto foi condenado a 8 anos de prisão em regime semiaberto em junho de 2011, pelo homicídio do sobrinho Cláudio Zeolla. O crime ocorreu em 2009 e a vítima tinha 24 anos. Cláudio teria empurrado o avô, Américo Zeolla, ex-combatente de guerra, morto no ano seguinte, em abril de 2010 durante uma discussão sobre o uso de um ventilador.

Após ser empurrado pelo neto, Américo teria caído no chão e machucado as costas e o peito, ferimentos que exigiram que ele fosse encaminhado ao hospital. O procurador teria ficado sabendo e quis ‘dar uma surra’ no sobrinho, então o aguardou na saída da academia no dia seguinte, armado com o revólver do pai. A vítima foi surpreendida com um tiro na nuca.

O procurador chegou a ficar preso por três dias e foi levado ao hospital, alegando problemas psiquiátricos. No julgamento, o júri entendeu que o réu matou a vítima “motivado por uma forte emoção”. Ele deveria ter permanecido internado no hospital onde, desde o crime, tratava de doença psiquiátrica.

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