Há cinco meses, estudantes perceberam que o extrato apresentado pelo colega tinha irregularidades

A Polícia Civil pretende ouvir ainda nesta semana o estudante de jornalismo Anhanguera- Leonardo Barbosa. Ele é suspeito de sumir com R$ 10 mil que seriam utilizados na formatura da turma. De acordo com a delegada Ana Cláudia Medina, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de , foi expedida uma intimação para que a oitiva dele seja feita ainda nesta semana.

Segundo Medina, o inquérito por apropriação indébita foi instaurado, Leonardo entrou em contato com a delegacia na terça-feira (6), dizendo que estaria em viagem e que demoraria em poder depor.  Ele deixou o telefone de contato, porém não atende as ligações da autoridade policial. A polícia também deve fazer outras oitivas para esclarecer o caso.

De acordo com os estudantes, o padrasto de Leonardo entrou em contato com a atual presidente da comissão e disse que vai ajudar nas negociações.

Sumiço

Na última segunda-feira (5), sete estudantes registraram o boletim de ocorrência de apropriação indébita, que consiste em apropriar-se de coisa alheia, de que tem a posse. Ao todo, 29 estudantes que participariam da formatura foram vítimas do sumiço do dinheiro.

Segundo os acadêmicos, a conta corrente para depósito do dinheiro das mensalidades da formatura foi criada no começo de 2013. Em março de 2014, Leonardo afixou no mural da sala de aula um extrato bancário da conta da turma. Uma das colegas de sala, que é gerente de um banco, viu o comprovante e percebeu que havia irregularidades na conta.

Questionado, o rapaz não quis dar explicações. Foi feita uma reunião e no dia 22 de agosto do ano passado, ele foi destituído da comissão de formatura. Leonardo afirmou que devolveria os R$ 10 mil da turma após o feriado de 26 de agosto, mas depois voltou atrás e usou um clausula do estatuto da comissão de formatura, criado por ele mesmo, para postergar a devolução do dinheiro por mais 90 dias.

Ainda conforme a estudante, os colegas confiaram em Leonardo e esperaram mais três meses. Nesse tempo, ele não apareceu mais na faculdade, bloqueou colegas em todas as redes sociais e não atendeu legações. Já em dezembro, ele ligou para atual presidente da comissão de formatura e disse que não tinha o dinheiro. No fim do mesmo mês, Leonardo foi até faculdade e em uma reunião com os colegas e o coordenador do curso afirmou que não podia fazer mais nada.