Empresário abusava de meninas após dar ‘dia de princesa’
O acusado foi preso na sede da empresa dele
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O acusado foi preso na sede da empresa dele
Um empresário de Cuiabá, do ramo de produtos de limpeza, foi preso por crimes de exploração sexual e estupro, contra pelo menos seis meninas de 11 a 14 anos. Ivomar Alves Freitas, de 51 anos, é acusado de oferecer às meninas, em troca de favores sexuais, um ‘dia de princesa’.
Após uma sessão de presentes, como celulares, perfumes e uma volta de carros de luxo pela capital mato-grossense, os passeios terminavam sempre em um motel.
Ao delegado Eduardo Bueno, que efetuou a prisão do empresário na tarde desta quinta-feira (14), uma das meninas disse que não se sentia vítima e sim beneficiada.
“São meninas de baixa renda, que tinham um ‘dia de princesa’, ganhavam aparelho celular, dinheiro e eram levadas para suíte presidencial de motel”, comentou o delegado. “Toda adolescente que mantém relação sexual com maior de 18 é crime, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente”, ressaltou.
O acusado foi preso na sede da empresa dele, o Centro Empresarial Paiaguas, que fica na avenida Rubens de Mendonça, uma das mais importantes comercialmente para a cidade.
De acordo com as investigações da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), ele responde por crimes praticados entre os anos de 2012 e 2013. No ano 2011, ele também foi investigado em outro inquérito pelos mesmos crimes.
O esquema
Para atrair as meninas, o empresário contatava com uma “funcionária” de 14 anos. A ela, ele pedia que arranjasse somente virgens.
As meninas eram levadas para um motel, na saída para a cidade turística de Chapada dos Guimarães. No caminho recebiam presentes e dinheiro, geralmente de R$ 100 a R$ 400, de acordo com o tipo da relação que ele pretendia ter.
Segundo o delegado Eduardo Botelho, as meninas são moradores de bairros periféricos da capital mato-grossense e eram aliciadas em troca dos benefícios, como dinheiro e presentes, dados pelo empresário, que se dizia promotor de justiça, e que estava sempre viajando.
O empresário responderá processo na Justiça por estupro e exploração sexual. O inquérito policial foi concluído há três meses. Ele foi encaminhado ao Centro de Ressocialização de Cuiabá.
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