Entre as medidas, cordões de isolamento e conscientização dos associados foram listados

As Atléticas Acadêmicas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) divulgaram na tarde desta terça-feira (24) algumas medidas para evitar a obstrução da Rua Trindade, em frente a dois bares próximos à universidade. A manifestação é uma resposta para a ação do BPChq (Batalhão de Polícia Militar de Choque), na última sexta-feira (20), que utilizou gás lacrimogêneo para dispersar os estudantes que fechavam a via.

Em nota, as atléticas afirmam que a ação da Polícia Militar foi “desproporcional, excessiva e abusiva”, ainda assim, se comprometeram a tomar medidas para evitar a obstrução da via. Entre soluções encontradas pelos estudantes, estão listados projetos para a conscientização dos associados e cordões de isolamento em dias de grande movimentação no local.

Além disso, as associações prometem procurar soluções para o problema de mobilidade urbana, que há em frente aos bares, junto à Agetran (Agência Municipal de Transporte Trânsito), a Sejusp (Secretaria de Segurança Pública) e a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).

Mesmo reconhecendo a culpa dos estudantes, que na ocasião fecharam a rua, as atléticas alegam que na manhã desta terça-feira “ofereceram queixa ao Ministério Público Estadual para que seja instaurado inquérito a fim de analisar a conduta policial e para que ações como esta não se repitam”.

Caso

Em nota, as associações rebateram as justificativas da Sejusp para o caso. Segundo os estudantes, não houve tentativa de diálogo por parte dos policiais com os acadêmicos, apenas os donos dos bares.

Narram ainda que três estudantes tomaram a iniciativa de procurar os militares que estipularam 20 segundos para que um dos acadêmicos dispersasse cerca de 300 pessoas da rua.  Durante a ação policial, um estudante, que a PM considerou “agitador”, e que estaria incitando os colegas a ocuparem a via, foi detido por desacato.

O encontro entre os estudantes no local já é “tradição” e costuma ocorrer nas sextas-feiras depois do término das aulas. Mesmo a obstrução da via sendo um problema crônico nesses dias, até o último dia 20,nenhuma ação policial parecida havia acontecido.