Sem pratos, refeições de presos são servidas em sacos no Piauí

Detentos da Penitenciária Mista Juiz Fontes Ibiapina, em Parnaíba, Litoral do Piauí, a 318 km de Teresina estão recebendo as refeições em sacos plásticos, ao invés de pratos ou vasilhas de alumínio descartável conhecidas por ‘quentinhas’. Também sem talheres, os presos são obrigados a comer usando as mãos. A denúncia foi feita pelo Sindicado dos […]

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Detentos da Penitenciária Mista Juiz Fontes Ibiapina, em Parnaíba, Litoral do Piauí, a 318 km de Teresina estão recebendo as refeições em sacos plásticos, ao invés de pratos ou vasilhas de alumínio descartável conhecidas por ‘quentinhas’. Também sem talheres, os presos são obrigados a comer usando as mãos. A denúncia foi feita pelo Sindicado dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), que após uma visita constatou que pelo menos metade dos presos estariam se alimentando nessas condições precárias.

“O sindicato flagrou os internos se alimentando diretamente em sacolas plásticas, um completo descaso. Além disso eles não recebem nem ao menos os talheres, tendo que comer com as próprias mãos. É uma situação humilhante”, descreveu o o diretor administrativo do Sinpoljuspi, Kleiton Holanda.

Segundo ele, a situação foi constatada durante uma visita feita à penitenciária no mês de setembro. Ainda conforme o diretor, a prática já havia sido observada em outra ocasião, no ano de 2012.

Para Kleiton, o flagrante demonstra o descaso da administração em relação aos indivíduos reclusos e com os próprios servidores. “Isso mostra a total falta de gestão dos administradores. Fatos desta natureza nos tempos de hoje não são mais admissíveis. Uma situação como essa é lamentável, pois a penitenciária, que deveria ser um local de ressocialização e reabilitação acaba se tornando um completo prejuízo para o interno. Tratados assim, praticamente como animais, estes indivíduos terminam saindo em condições ainda mais comprometidas do que como entraram. Acaba sobrando para os próprios servidores, que se tornam alvo da revolta dos internos. Isso traz problemas para todos”, avalia.

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