China: grupo armado com facas e machados ataca delegacia e mata policiais

Um grupo de nove criminosos armados com facas e machados invadiu uma delegacia de polícia da cidade de Xinjiang, na China, matou dois agentes e feriu outros dois. Em seguida foram mortos pelas forças de segurança. O ataque aconteceu no sábado em um momento de tensão na região, que é de maior muçulmana e sofre […]

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Um grupo de nove criminosos armados com facas e machados invadiu uma delegacia de polícia da cidade de Xinjiang, na China, matou dois agentes e feriu outros dois. Em seguida foram mortos pelas forças de segurança. O ataque aconteceu no sábado em um momento de tensão na região, que é de maior muçulmana e sofre com atos recorrentes de violência entre os uigures, muçulmanos de língua turca, e os Han, a etnia majoritária na China.

Um grupo de defesa dos uigures questionou a versão oficial e afirmou que a polícia chinesa abriu fogo contra manifestantes uigures. Um porta-voz do Congresso Mundial Uigur, com sede em Munique (Alemanha), afirmou que as pessoas apresentadas como criminosas eram manifestantes. Dilxat Raxit disse que um confronto teve início depois que um jovem uigur foi morto a tiros e que, em seguida, as forças de segurança mataram oito manifestantes.

Ele também afirmou que dezenas de manifestantes uigures foram detidos no incidente. “Peço mais uma vez à comunidade internacional que tome medidas imediatas para impedir que o governo chinês atire contra manifestantes uigures e retire seus direitos”, declarou o porta-voz.

Situada no extremo oeste da China, Xinjiang, “região autônoma” de maioria uigur, é abalada frequentemente por atos violentos que as autoridades atribuem a “terroristas” ou “separatistas”.

Para as organizações uigures, as acusações são apenas uma desculpa utilizada pelas autoridades para justificar o aumento da repressão que afirmam sofrer.

Outros atos violentos em diversas regiões do país também foram atribuídos aos uigures, como o atentado do fim de outubro na praça Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim, que segundo a polícia foi executado por três uigures que avançaram com um veículo, repleto de galões de gasolina, contra a entrada da Cidade Proibida.

O ataque deixou cinco mortos, incluindo os três ocupantes do veículo, e 40 feridos.

Autoridades chinesas citaram o envolvimento do Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (ETIM), um grupo radical separatista. O ETIM, que afirma lutar pela independência do Turquestão Oriental, antigo nome de Xinjiang, foi considerado pela ONU em 2002 como uma organização vinculada à Al-Qaeda.

Mas as autoridades não divulgaram qualquer prova que sustente o envolvimento no atentado, o que provoca dúvidas entre os analistas, que citam a natureza pouco sofisticada do ataque e a falta de bases do fundamentalismo muçulmano na China.

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