Polícia prende fornecedor de pasta base de cocaína para traficantes de Campo Grande
Ao ser preso, homem alegou que estava traficando devido à situação econômica do País que desvalorizou os carros usados e com dificultou seu negócios de vendas
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Ao ser preso, homem alegou que estava traficando devido à situação econômica do País que desvalorizou os carros usados e com dificultou seu negócios de vendas
Investigadores da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam três pessoas na quarta-feira, 5, por envolvimento com o tráfico de drogas. Raimundo Nonato, o Português, e a esposa dele Arminda Gomes Rodrigues, além da evadida do semiaberto Cleuza Correa só trabalhavam com a venda de pasta base de cocaína.
De acordo com o delegado titular da Denar, Adriano Garcia, Português era o fornecedor de droga para revendedores de “menor potencial”. Em seu depoimento ele afirmou que optou por pasta base, ao invés de maconha, porque conseguia maior lucro.
A polícia recebeu informação da ação de Português e na tarde de quarta-feira quando ele seguia em seu veículo para fazer uma entrega para Cleuza que, além de usuária, revendia droga na região da Rua 15 de Novembro, via bastante conhecida também por ter grande movimentação de prostitutas e garotos de programa durante a noite.
Na casa de Português a polícia encontrou mais droga, inclusive escondidas dentro de uma boneca, além de R$ 11 mil em dinheiro. A esposa dele também foi presa por envolvimento com o tráfico de entorpecentes.
Em conversa com a reportagem, Português justificou que era revendedor de veículos, mas com a queda do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) ninguém mais se interessa em comprar veículos usados. Por isso ele resolveu a voltar a comercializar drogas.
“Tenho quatro pontes de safena, estou ficando velho. Quem vai dar emprego de motorista pra mim. Sou profissional, mas quem vai me querer?”, tentou argumentar sobre seu retorno ao tráfico.
Português disse que sua esposa não tem envolvimento com a venda de entorpecente. Ela também tem registros policiais pelo mesmo crime.
Cleuza Correa afirmou que é usuária de pasta base. Questionada sobre a abstinência, ela disse que estava nesse estado e chorou ao relatar o lado psicológico de um dependente. “É ruim demais. A gente fica com dor de cabeça, nervoso, só querendo ela (droga)”.
Sobre sua maior vontade naquele momento, Cleuza não desejou cura de imediato. Ela disse que sua maior vontade era voltar logo para o presídio para “ter alguma coisa pra usar”. Por ter quebrado o regime semiaberto, ela agora volta para o sistema fechado.
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