Fiscais do Ibama de MS presos em flagrante quando cobravam propina de madeireira

A Polícia Federal prendeu em flagrante nesta quinta-feira (26) dois servidores públicos no momento em que receberiam R$ 5 mil de um empresário para livrar o mesmo de multa.

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A Polícia Federal prendeu em flagrante nesta quinta-feira (26) dois servidores públicos no momento em que receberiam R$ 5 mil de um empresário para livrar o mesmo de multa.

A Polícia Federal prendeu em flagrante na manhã desta quinta-feira (26) dois fiscais do Ibama de MS no momento em que receberiam R$ 5 mil de um empresário do ramo de madeira, para que o mesmo não fosse autuado por irregularidades. A prisão aconteceu em Campo Grande.

Na última terça-feira (23), os fiscais do Ibama realizaram fiscalização na madeireira, que de acordo com a PF, é legalmente estabelecida. No final da vistoria, alegaram irregularidades administrativas e exigiram 50 mil reais do proprietário para que não autuassem a empresa.

O empresário afirmou que a quantia era alta e por isso necessitaria de um prazo para conseguir o valor. Alegando que a empresa não possui irregularidades, o comerciante apresentou-se no Ibama e formulou denúncia contra os fiscais.

No órgão, o empresário foi encaminhado para a Polícia Federal, onde com ajuda do Ibama foi solicitada a autorização na Justiça Federal para fazer uma “ação controlada” acompanhando a entrega do dinheiro com a utilização de áudio e vídeo.

Na esquina da avenida Afonso Pena com 13 de maio, local combinado, o empresário entregou o envelope com 5 mil para um dos fiscais, imediatamente preso em flagrante.

Depois de ser detido, o servidor informou que o colega, com quem dividiria o dinheiro, estaria próximo do local, aguardando uma ligação.

O fiscal então ligou para o “comparsa” que chegou e também foi preso em flagrante por corrupção passiva, cuja pena prevista é de 2 a 12 anos de prisão e multa.

Todas as cédulas de R$ 100 apreendidas tiveram o número de série registrados pela Polícia Federal.

Os presos foram encaminhados a Polícia Federal à disposição da Justiça Federal. Os dois trabalhavam no Ibama a quase trinta anos.

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