Prisão de parentes e ultimato elevam pressão da polícia a traficantes no Rio
A polícia ampliou neste sábado, 27, o cerco a traficantes, prendendo quatro mulheres de integrantes do Comando Vermelho (CV), enquanto o comando das operações dava um ultimato aos cerca de 500 criminosos que permaneciam escondidos no Complexo do Alemão. Houve mais guerra psicológica e “promessas” de invasão do que confronto – o sábado não teve […]
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A polícia ampliou neste sábado, 27, o cerco a traficantes, prendendo quatro mulheres de integrantes do Comando Vermelho (CV), enquanto o comando das operações dava um ultimato aos cerca de 500 criminosos que permaneciam escondidos no Complexo do Alemão. Houve mais guerra psicológica e “promessas” de invasão do que confronto – o sábado não teve registro de mais mortes. Em uma semana, os confrontos deixaram 50 vítimas.
Viviane Sampaio, de 32 anos, casada com Alexander Mendes da Silva, o Polegar, um dos escondidos nos morros, foi presa em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, zona oeste.
Na sexta-feira, foi detida Márcia Gama dos Santos Nepomuceno, casada com Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, suposto mandante da onda de ataques no Rio. Ele cumpre pena em presídio federal e a suspeita é de que tenha passado a ordem em visita íntima. Beatriz da Silva Costa de Souza, apontada como amante de VP, também foi presa.
Os parentes dos criminosos são acusados de lavagem de dinheiro e associação para o tráfico. “Dinheiro ilícito é repassado para a família e em visitas íntimas, que não podemos gravar, essas mulheres são usadas como pombo-correio”, afirmou o chefe da Polícia, Allan Turnowski.
Antes do início dos ataques, já estavam presas as mulheres de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, e de Isaías da Costa Rodrigues, o Isaías do Borel. A mulher do traficante Márcio Batista dos Santos, o Dinho Porquinho, é considerada foragida. A Polícia Civil informou que outras serão detidas. “É outro enfoque, é a busca do dinheiro do tráfico para enfraquecer a quadrilha. Não adianta a gente retirar o fuzil se continuar com dinheiro. Sem dinheiro, sem território, ausência do tráfico”, afirmou Turnowski.
A maior baixa ocorreu na família de Polegar. Além de Viviane, foram presos o pai dela, Genival Jerônimo da Silva, o irmão Vitor Sampaio e a tia Lúcia Maria Souza Melo. “Todos têm imóveis no seu nome. Foram presos porque, de alguma forma, davam sustentação à atividade criminosa”, afirmou o delegado da 9.ª DP, Alan Luxardo.
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