O governo Biden está preparando uma campanha militar contra os houthis no Iêmen, após 11 dias de bombardeios à infraestrutura do grupo que não conseguiram deter seus ataques a navios no Mar Vermelho. A decisão aumenta a possibilidade de uma intervenção no país do que poderia arrastar para outro conflito na região.

O aprofundamento do ciclo de violência é um revés no objetivo do presidente Joe Biden de reduzir as tensões na região após o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

Funcionários do governo Biden afirmaram ao jornal Washington Post sob condição de anonimato que o desejo de Washington é de minar a capacidade militar dos houthis e reduzir os ataques ao transporte marítimo no Mar Vermelho e no Golfo de Áden.

“Não temos certeza se eles irão parar imediatamente, mas certamente estamos tentando destruir suas capacidades”, disse um alto funcionário dos EUA sobre o grupo, que o governo Biden designa como organização terrorista.

Biden reconheceu que os ataques até agora não conseguiram desencorajar as ações dos houthis, que prometeram vingança contra os EUA e o Reino Unido, responsáveis pelos bombardeios.

As autoridades dizem que não esperam que a se prolongue por anos, como nas guerras anteriores dos EUA no Iraque, no Afeganistão ou na Síria. Ao mesmo tempo, reconhecem que não podem identificar qualquer data de quando a capacidade militar do grupo iemenita será adequadamente diminuída.

Quando a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas começou, os houthis declararam seu apoio aos terroristas e disseram que atacariam qualquer navio que viajasse para Israel ou saísse de lá em solidariedade ao povo palestino.

As autoridades ocidentais acreditam que o equipamento mais avançado do grupo é fornecido pelo Irã.

Navy SEALs

Nessa segunda-feira (22), o Departamento de Defesa identificou dois membros da unidade de elite Navy SEALs que se perderam no mar e morreram este mês durante um ataque noturno a um pequeno navio que transportava armas do Irã para os houthis: Christopher Chambers, de 37 anos, e Nathan Gage Ingram, de 27.

Com informações da Agência Estado e Agências Internacionais