Mesmo com 40 mil novos casos, Suécia diz que não há benefício em vacinar crianças contra covid

Todavia, governo estendeu medidas de restrição, tais como toque de recolher e atendimento limitado por 15 dias

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A não vacinação da criança pode gerar responsabilidades penais
A não vacinação da criança pode gerar responsabilidades penais

Mesmo com explosáo de novos casos nas últimas semanas, a Suécia decidiu nesta quinta-feira (27) não recomendar vacinas contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. A justificativa da Agência de Saúde do país europeu é que os benefícios não superam os riscos. Atualmente somente as crianças de alto risco podem tomar a vacina no país.

A oficial da agência de Saúde, Britta Bjorkholm, afirmou em uma coletiva de imprensa que não vê nenhum beneficio em vacinar as crianças. “Com o conhecimento que temos hoje, com um baixo risco de doença grave para as crianças, não vemos nenhum benefício claro em vaciná-las”, afirmou a oficial. Ainda segundo Britta, a decisão poderia ser revista caso a pesquisa cientifica mude, ou se uma nova variante surgir.

A decisão ocorre dias depois do país registrar pouco mais de 40 mil novos casos de Covid. Nesta quinta-feira (27), 101 pacientes com o vírus precisaram de tratamento intensivo e no, total, quase 16 mil pessoas morreram de Covid na Suécia desde o início da pandemia.

Sendo assim, o governo sueco estendeu restrições na última quarta-feira (26), incluindo horários limitados para restaurantes e atendimento em estabelecimentos, por duas semanas. As restrições devem ser removidas em 9 de fevereiro.

Vacinação em crianças no Brasil

A vacina pediátrica chegou no Brasil no dia 13 de janeiro deste ano. A remessa com 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer e foi distribuída a todos os estados e municípios do país. A aprovação do imunizante para crianças foi anunciada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dia 16 de dezembro.

O gerente Geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, lembrou que as análises contaram com a participação de diversos especialistas, tanto da Anvisa como de outras entidades. “Verificamos segurança e tolerabilidade, em uma primeira fase. Nela foram aplicadas doses diferentes. Com base no resultado, chegamos à conclusão de que deveriam ser aplicadas 10 microgramas, quantidade inferior à aplicada em adultos”, disse ele.

(Com supervisão de Guilherme Cavalcante)

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