China acaba com bloqueio de Wuhan, primeira cidade com pandemia de coronavírus

A China encerrou na quarta-feira (horário local) seu confinamento de Wuhan, cidade onde o coronavírus surgiu pela primeira vez e que se transformou no símbolo da pandemia que atingiu dezenas de milhares de pessoas no mundo e abalou a economia global. As informações são do Jornal O Globo. Mas a normalidade agora é outra: autoridades […]

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(Foto: Getty Images)
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A China encerrou na quarta-feira (horário local) seu confinamento de Wuhan, cidade onde o coronavírus surgiu pela primeira vez e que se transformou no símbolo da pandemia que atingiu dezenas de milhares de pessoas no mundo e abalou a economia global. As informações são do Jornal O Globo.

Mas a normalidade agora é outra: autoridades locais continuam a regular as idas e vindas da população, e, mesmo as empresas que reabriram, sabem que enfrentarão um caminho difícil pela frente. Os transportes públicos voltaram a funcionar, mas escolas continuarão fechadas, assim como bares, restaurantes, salas de jogos e karaoquês. A cidade que reabriu após mais de 10 semanas, e será observada em todo o mundo, está profundamente transformada.

A reabertura desta quarta-feira ocorreu após apenas três novos casos de coronavírus terem sido relatados na cidade nas últimas três semanas e um dia após a China não ter relatado novas mortes pela primeira vez desde janeiro. Os controles das viagens foram oficialmente suspensos logo após a meia-noite, o que levou muitos cidadãos à estação de trem em Wuan.

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— Eu fiquei preso por 77 dias — exclamou um homem que se recusou a dar seu nome à AFP, ansioso para retornar a Changsha, a cerca de 350 quilômetros dali.

No local, policiais lembravam aos viajantes as medidas de higiene e a necessidade de manter um metro de distância uns dos outros, enquanto os alto-falantes transmitiam mensagens chamando Wuhan de “cidade dos heróis”.

O número de voos e trens que deixam a cidade ainda é limitado. Além disso, as autoridades locais mantêm certas restrições para impedir uma segunda onda da pandemia. Os residentes podem sair sem autorização especial, mas precisam ter um aplicativo de telefone que carrega dados sobre sua sua saúde e de controle de seus movimentos, para checar se eles não estiveram em contato com uma pessoa infectada.

No dia 23 de janeiro, as autoridades chinesas isolaram Wuhan, centro industrial de 11 milhões de pessoas, numa tentativa de limitar a propagação do surto. À época, muitos de fora viam a medida como um passo extremo, que só poderia ser tomado em um sistema autoritário como o da China. Mas, com o agravamento da epidemia, governos de todo o mundo promulgaram uma variedade de restrições rigorosas aos movimentos de seus cidadãos.

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