EUA receberão 100 mil refugiados até 2017

Os EUA aceitarão 85 mil refugiados do mundo no próximo ano

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Os EUA aceitarão 85 mil refugiados do mundo no próximo ano

Tentando mostrar esforços para lidar com a crescente crise de refugiados da Síria, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou que os EUA aumentarão significamente o número de refugiados que receberão nos próximos meses – apesar de o montante não estar nem próximo daquele pedido por ativistas e ex-oficiais.

Os EUA aceitarão 85 mil refugiados do mundo no próximo ano, um acréscimo de 15 mil aos 70 mil inicialmente anunciados, e o total chegará a 100 mil até 2017. Kerry divulgou a informação durante coletiva de imprensa ao lado do ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, realizada após reunião sobre a crise de migração em massa de sírios fugindo da guerra civil em seu país, neste domingo (20), em Berlim.

A maioria dos refugiados adicionais deve ser de sírios, disseram oficiais norte-americanos – a Casa Branca já havia anunciado que receberia 10 mil fugitivos adicionais do país ao longo do ano que vem. O restante viria de países dilacerados por conflitos na África.

“Estamos nos comprometendo a fazer aquilo que conseguiremos manejar agora”, afirmou Kerry. Ele ressaltou, citando o 11 de Setembro, que os EUA não podem simplificar a forma com que refugiados entram no país para não afetar a segurança em seu território e citou o pouco dinheiro liberado pelo Congresso para lidar com a situação como entraves para receber mais migrantes.

As condições na Síria vem piorando com o recrudescimento da guerra civil no país, amplamente dividido entre forças pró-governo, do cada vez mais enfraquecido ditador Bashar al-Assad, curdos e rebeldes do grupo terrorista Estado Islâmico.

Cerca de 9 milhões de pessoas tiveram de deixar suas casas no país desde 2011, incluindo 4 milhões que simplesmente abandonaram tudo e fugiram de seu território, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Ativistas, ex-oficiais e políticos, no entanto, acham os números anunciados por Kerry como insuficientes para lidar com o tamanho da crise internacional. Alguns também acusam Barack Obama de ser passivo diante da agressão síria.

“Este passo mantém a melhor tradição americana de terra para segundas chances e renovação de esperaças”, amenizou Kerry. Ele também ressaltou sua frase dita na véspera, quando afirmou que Assad tem de sair do poder, mas só após negociações.

“O apoio ao regime sírio pela Rússia ou por qualquer outro país é um risco para o conflito piorar. Somente cooperação futura entre todos levará a uma transição de governo bem sucedida.”

 

 

 

 

 

 

 

Conteúdos relacionados