Um alto político de Bagdá disse à imprensa local que já há diversos interessados em adquirir a relíquia

Um alto político de Bagdá disse à imprensa local que já há diversos interessados em adquirir a relíquia, depois do dono do objeto ter publicado uma foto com a corda no pescoço da estátua de Saddam — pose repetida por diversos figurões da política iraquiana, antigos adversários de Saddam Hussein.

Segundo este mesmo político de Bagdá, entre os potenciais compradores que já contataram Al Rubaie estão: dois empresários do Kuait, um banco, um instituto religioso do Irã e uma poderosa e rica família israelense.

A notícia do “” da corda que enforcou Saddam provocou reações de ativistas pelos direitos humanos. No Twitter, usuários condenaram a “venda de armas de assassinatos”. Há ainda a discussão sobre o direito de Al Rubaie de embolsar o dinheiro pela venda de um objeto considerado público.

Perseguido por Saddam

Por divergir de Saddam, o próprio Al Rubaie chegou a ser perseguido e torturado pelas forças leais ao então ditador. Foi ele quem pessoalmente conduziu Saddam Hussein ao cadafalso, antes da execução.

“Eu esperava vê-lo mostrar mais remorso pelos terríveis crimes, pelas centenas de milhares de cidadãos de seu próprio país que ele e seus capangas assassinaram. Mas não houve nenhum”, relatou Al Rubaie, em entrevista ao jornal britânico The Independent, em 2013.

No poder no Iraque por mais de duas décadas, Saddam Hussein foi deposto durante a invasão norte-americana em 2003 — sob a alegação de que o país armazenava armas de destruição em massa, motivo provado infudado mais tarde. Em 2004, Saddam foi julgado culpado por crimes contra a humanidade em um tribunal iraquiano. Condenado à morte, foi executado por enforcamento em 30 de dezembro de 2006.