Aviões árabes bombardeiam Iêmen; EUA e houthis começam negociação

Canal de TV local diz que coalizão saudita lançou 25 ataques aéreos

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Canal de TV local diz que coalizão saudita lançou 25 ataques aéreos

Aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardearam postos avançados houthis em todo o Iêmen neste domingo (31), de acordo com relatos de moradores, enquanto o governo do Iêmen no exílio disse que a milícia está em negociações com os Estados Unidos em Omã.

Os ataques atingiram uma base aérea perto do aeroporto de Sanaa e uma instalação militar que apoia os houthis, com vista para o complexo do palácio presidencial na capital Sanaa.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita começou os ataques aéreos ao Iêmen em março, em uma campanha para reconduzir o presidente do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, ao poder. Ele fugiu em março, depois que os houthis, apoiados pelo Irã, conquistaram Sanaa em setembro e em seguida avançaram para o centro e o sul do país.

Quase 2 mil pessoas foram mortas e mais de 8 mil ficaram feridas durante os conflitos desde 19 de março, de acordo com as Nações Unidas.

O canal de TV al-Masira, que pertence aos houthis, disse que a coalizão lançou 25 ataques aéreos contra as principais províncias houthis de Saada e Hajja, ao longo da fronteira do reino, sem dar maiores detalhes, e disse que as forças terrestres sauditas também estão bombardeando as regiões.

Moradores de Saada confirmaram para a Reuters, por telefone, que as posições dos houthis foram fortemente bombardeadas por aviões de guerra, mas não houve confirmação imediata por parte das autoridades sauditas.

O governo do Iêmen exilado na Arábia Saudita disse à Reuters no domingo que altos autoridades houthis estão mantendo conversações com os Estados Unidos em Omã para ajudar a acabar com o conflito de nove semanas, em um sinal de que a diplomacia pode estar avançando.

Conflito começou em março
A Arábia Saudita, que lidera uma coalizão de países árabes apoiados pelo Ocidente, tem bombardeado os rebeldes houthis e as forças do Exército leais ao ex-presidente do Iêmen Ali Abdullah Saleh desde março, com o objetivo de reconduzir ao poder o atual presidente, Abd-Rabbu Mansour Hadi, que está exilado em Riad.

Enquanto isso, aumenta a preocupação de que os ataques aéreos e os combates entre o houthis, milícias tribais, unidades leais a Hadi e separatistas do sul causem uma catástrofe humanitária.

Voos de ajuda humanitária começaram a partir dos Emirados Árabes Unidos para a capital iemenita, Sanaa, que está sob controle dos houthis e tem sido alvo de bombardeios, mas não é palco de combates terrestres.

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