Alvo de uma série de processos por abuso sexual e agressões psicológicas, Marilyn Manson também está sendo acusado de prender ex-namoradas e colegas de trabalho em uma cela de vidro “do tamanho de um provador de loja de departamento”. A caixa, segundo informações, fica no apartamento de Brian Warner, verdadeiro nome do cantor, em West Hollywood.

A denúncia foi feita pela revista americana Rolling Stones e traz à tona o discurso de várias vítimas do roqueiro que ficaram enclausuradas por horas na caixa de vidro. Apelidada de “quarto das meninas más” pelo próprio cantor, o local servia para punir as mulheres que o desagradassem por algum motivo.

Uma das ex-namoradas de Manson, Ashley Morgan Smithline, está processando o cantor por agressão sexual e cárcere privado. Ela contou que era impossível chamar a atenção das pessoas que estavam do lado de fora da caixa. “Mesmo que gritasse, ninguém podia me ouvir. Você lutava e ele gostava dessa reação. Aprendi a não lutar, porque isso dava a ele o que ele queria”, lembrou.

Ashley Walters, ex-assistente do cantor, e Sarah McNeilly, modelo, também foram vítimas de Manson e contaram sua história à revista. Enquanto a primeira relatou que ele contava sobre o lugar com “um tom de brincadeira e se gabando”, a segunda teve um relacionamento sério com o roqueiro e afirmou que sua experiência na caixa foi “absolutamente assustadora”. Ela ainda revelou que foi ameaçada com um taco de beisebol.

Além delas, as atrizes Evan Rachel Wood (“Westworld”), Esmé Bianco (“Game of Thrones”) e Bianca Allaine, ex-namoradas de Marilyn Manson, além da cantora Ellie Rowsell, também denunciaram o cantor.

Wood denunciou, nas redes sociais, que foi alvo de estupros e encorajou outras mulheres a denunciarem Manson. “Cansei de viver com medo de retaliação, calúnia ou chantagem. Estou aqui para expor este homem perigoso, antes que ele destrua outras vidas”.

Esmé Bianco já relatou, publicamente, xingamentos, mordidas, choques e estupros. Em seu processo, seus advogados afirmam que “fez uso de drogas, força física e ameaças para forçar atos sexuais em múltiplas ocasiões”. Ela ainda contou que foi perseguida por um machado pelo apartamento e que o músico abriu diversos buracos na parede.

Diante das acusações, Marilyn negou e as classificou como “horríveis distorções da realidade”. “Meus relacionamentos íntimos sempre foram inteiramente consensuais com parceiros que pensam como eu. Independentemente de como — e por que — os outros agora estão optando por deturpar o passado, essa é a verdade”, disse em seu Instagram.