Artistas, parentes e personalidades lamentam a morte de João Gilberto
O cantor e compositor João Gilberto, de 88 anos, um dos criadores da bossa nova, morreu neste sábado (6), no Rio de Janeiro. A morte foi anunciada por seu filho João Marcelo Gilberto, pelas redes sociais. Artistas, personalidades e familiares do cantor e compositor que revolucionou a música popular brasileira se manifestaram pelas redes. Sofia […]
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O cantor e compositor João Gilberto, de 88 anos, um dos criadores da bossa nova, morreu neste sábado (6), no Rio de Janeiro. A morte foi anunciada por seu filho João Marcelo Gilberto, pelas redes sociais.
Artistas, personalidades e familiares do cantor e compositor que revolucionou a música popular brasileira se manifestaram pelas redes. Sofia Gilberto Oliveira, neta do cantor, escreveu: “meu amado vovô virou uma estrelinha, a estrela mais brilhante do céu”. Ela ainda acrescentou: “meu vovô foi o vovô mais amoroso e carinhoso que eu podia ter tido, pedia pra eu irá pra lá todos os dias e quando estava tarde da noite e já estava na hora de eu ir embora, depois de eu já ter passado o dia todo com ele, falava: ‘Mas já vai? Dorme aqui..!’ Comia pra ficar forte pra brincar comigo. Me dizia sempre que eu era grande e que todo mundo ia gostar de mim. Foi carinhoso não só comigo, mas com meu pai e minhas irmãs, pedia sempre pra Alice ir comigo e adorava ficar de mãos dadas com ela conversando. Amo ele demais e vai estar sempre no meu coração e na minha vida”.
Adriana Magalhães Oliveira, mãe de Sofia, também lamentou a morte de João Gilberto: “Tristeza, tristeza, profunda tristeza. Tudo que ele queria era estar aqui conosco e brincando com sua netinha, nos pedia isso todos os dias, uma coisa muito simples, momentos felizes que foram negados a ele”.
A cantora Gal Costa, um dos ícones da MPB, afirmou: “Se foi João Gilberto o maior gênio da música brasileira. Influência definitiva no meu canto. Fará muita falta, mas seu legado é importantíssimo para o Brasil e para o mundo”.
A também cantora Daniela Mercury escreveu em suas redes sociais: “Vai minha tristeza e diz a ele que sem ele não pode ser”, citando Chega de Saudade, um dos clássicos eternizados na voz de João Gilberto. Ela acrescentou ainda: “um gênio que revolucionou para sempre a música popular brasileira. João criou a Bossa Nova e me influenciou imensamente. Um dia ele me disse que eu era de sua família. E sou mesmo. Ele ensinou todos nós a cantar da forma mais bela do mundo. Vá em paz, mestre!”
João Máximo, escritor e jornalista, afirmou em entrevista ao canal de televisão GloboNews: “a bossa nova surge com ele porque ele é um gênio, no violão, principalmente. O João Gilberto sai do Rio de Janeiro cantando de uma maneira, influenciado por Orlando Silva, sai tocando violão aparentemente comum e, quando volta, ele volta com novo violão e nova maneira de cantar que não se sabe ao certo como ele descobriu. Essa nova maneira é que vai levar a música popular brasileira ao exterior. A Carmem Miranda levou a personalidade dela, uma personalidade bizarra, mas a música não foi com ela. Ao contrário do João Gilberto. Ele transforma a música popular brasileira em algo mais digerível para o músico e para o americano. Ele tem essa importância, além de ser um gênio, porque o cara que descobre isso sozinho, trancado no banheiro (é essa história que se conta), é um gênio”.
A escritora e roteirista de novelas Glória Perez, afirmou em seu Twitter: “sábado triste: morreu João Gilberto, o pai da bossa nova”. O cantor Roger Moreira, da banda Ultraje a Rigor, também externou seu pesar: “morreu João Gilberto. Uma pena”.
O crítico musical Rodrigo Faour lamentou: “talvez um dia o Brasil entenda quem foi o João Gilberto. Seja como for, sua semente rendeu árvores, galhos, flores, frutos e novas sementes pelos quatro cantos do mundo nos mais variados estilos musicais. Sua batida diferente, seu jeito de cantar, de dividir, usar o microfone, sua forma de gravar e o perfeccionismo à beira do absurdo… tudo em prol da música mais suave e pura em sua essência. Viva João e sua bossa sempre nova”.
Ana de Holanda relembrou diversos episódios e afirmou: “Ele cantava, tocava e fazia a gente cantar. Para mim algumas dicas foram fundamentais para entender o canto, a emissão do som e a intenção do que está sendo dito. Entendi naquela época o quanto cantar – mas cantar direito – é um privilégio”.
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