Mais de 30 anos de amizade, histórias e um grupo no Whatss que pega fogo
Parte das Miga, bem anos 80 (foto: acervo)

Lá no começo dos anos 80, uma história de amizade começou a ser escrita de uma maneira natural, que com o efeito do tempo cresceu, se fortaleceu e hoje se tornou um laço daqueles que dá gosto de ver. Os anos se passaram, cada uma seguiu sua vida, suas histórias, algumas se mudaram de Campo Grande, não se encontram com a mesma frequência da juventude, mas elas continuam conectadas através de um grupo de WhatssApp chamado “As Miga”.

Numa sexta-feira à noite, depois de algum tempo sem se reencontrarem pessoalmente, elas marcaram um happy hour para botar o papo em dia, matar saudades e darem muitas risadas. Foi neste dia que me encontrei com As Miga: Leda Ribeiro, Darley Garcia, Maísa Nachif, Lilian Gudin, Ana Maria Benites, Maria José Morais, Regina Cáceres e Eloiza Lopes. Ainda faltaram as que não moram na cidade, mas não por isso deixaram de acompanhar o encontrinho. São elas, Maria Célia Peixoto, Sueli Alves e Solange Mitas, que estavam atentas ao grupo do Whatss.

“A gente foi se juntando, uma foi trazendo a outra, que apresentava pra outra e pra outra… Quando saíamos em barzinhos, no todo mundo se divertia junto, nas viagens…”, lembra Lilian Gudin.

Mais de 30 anos de amizade, histórias e um grupo no Whatss que pega fogo
As Miga: Regina, Darley, Maía, Ana Maria, Leda, Lílian, Eloiza e Mazé (foto: Leandro Marques)

No vídeo em destaque, elas contam como se conheceram, quais foram as responsáveis por dar o passo inicial, lembram boas histórias e se divertem muito com cada lembrança.

Ainda no vídeo, elas lembram as baladas que faziam sucesso na época, Chatanooga, Tunel Club, Parks, Refúgios Bar, Xadrez Dance Bar e o lugar onde elas mais curtiam: o Rádio Clube (o bar, a choperia, o clube…). Não tinha um baile do Havaí ou que elas não deixassem de ir, tinha até esquenta na casa da Regina, o “bat-local” da turma. “Lá em casa, geralmente, antes do baile do Havaí e do carnaval, o esquenta era certo. A gente fazia baile do Havaí também, na piscina lá de casa. Meu pai era corumbaense, super festeiro, animado, acolhia todas nós”, lembra Regina Cáceres.

Apesar de serem super festeiras e adorarem uma rua, elas relatam que não tinha muita bebedeira, “causações”: “Os fervos eram mais em casa, mais familiar. A gente não era de de chegar a beber, fazer cavalinho de pau, que tinha essa modinha. Éramos bem mais família, foi uma coisa que foi amadurecendo de uma forma muito coerente com a realidade de mulheres empreendedoras que nós nos tornamos”, revela Eloíza Lopes.

O mais curioso é que essa amizade toda surgiu em uma fase mais madura da vida das amigas, elas já tinham por volta de 20 e poucos anos, algumas casadas e com filhos. “Foi uma época de transição em nossas vidas, cada uma tomou seu rumo, mas esta é a nossa base, nosso alicerce. Então, você tem ene amigos, mas é aqui que a coisa acontece.”

Além das miga que não vivem na cidade, uma deixou muitas saudades. Rosita era uma das amigas inseparáveis. Ela não suportou uma depressão e tirou a própria vida. Trecho triste da história dessa amizade, mas “miga que é miga”, jamais esquecerá a outra.

Muito além do grupo de

“O que nos mantêm ainda unidas, não é a convivência diária, não é a convivência mensal, a gente fica até meses sem se ver. O grupo no vamos alimentando com bobeiras, fotos, filminhos, coisa e tal. Mas se tiver acontecendo aquele momento mais difícil, é aqui nesse grupo que você vai encontrar apoio. A nossa história está aqui”, pontua Maísa Nachif.