Onde tem Criatividade: Leonardo Lattavo e Pedro Moog e seus processos produtivos
Criativos, boa notícia! “Criatividade será 3ª habilidade mais importante para o mercado de trabalho futuro”, estampou recentemente uma matéria do site Hypeness. A publicação contou ainda que “em 2015, a criatividade era considerada como a 10ª habilidade mais importante”, podemos verificar que pensar um pouco fora da casinha, pode ser lucrativo e muito vantajoso. O mundo […]
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Criativos, boa notícia! “Criatividade será 3ª habilidade mais importante para o mercado de trabalho futuro”, estampou recentemente uma matéria do site Hypeness. A publicação contou ainda que “em 2015, a criatividade era considerada como a 10ª habilidade mais importante”, podemos verificar que pensar um pouco fora da casinha, pode ser lucrativo e muito vantajoso. O mundo está cada vez mais impactado com as transformações causadas pela tecnologia, mídias sociais, globalização… Novos tempos!
Falando em criatividade, nada melhor que beber na fonte de boas referências, pessoas ilustres, que tem como ofício a criação. Dois dos maiores nomes criativos do design mobiliário, Leonardo Lattavo e Pedro Moog, juntos, estão à frente do famoso estúdio carioca de arquitetura e design, a Lattoog.
A empresa alinha arte, criatividade e funcionalidade. Suas criações estampam revistas de decoração e design, moda, cenários de programas de TV e foram atração no Salão Internacional do Móvel de Milão – 2018 com sua cadeira Pantosh, em escala gigante exposta em frente à Catedral D’uomo.
Recentemente, a dupla esteve em Campo Grande para compartilhar toda sua expertise na Lattoog Experience, um evento promovido pelo Supapo Criativo, sob a batuta de Luciana Teixeira. Para conhecer melhor suas essências, seus pontos de vista e fontes de inspiração, trocamos uma ideia com esses dois grandes talentos. Confira!
Inspira Ação – O que atrai o olhar, instiga a criatividade e inspira
Nós como designers, temos o olhar muito incisivo sobre tudo que está a nossa volta. É inútil dizer que a gente filtra nossas inspirações, basta abrir o olho, ouvir um som, sentir um cheiro, que a as coisas vão ser processadas dentro das nossas cabeças. A gente está permeável a isso o tempo todo. O modo de pensar está sempre processando e requalificando tudo o que a gente vê, o meio em que a gente vive, em forma de móveis e objetos. Leonardo Lattavo.
A gente nasceu e formou um canal aberto pra receber essas concepções visuais. Sempre há um elemento que vai tocar você, seja numa exposição, seja na natureza, algum objeto, algum detalhe, é bastante amplo o espectro que toca a gente. Pedro Moog.
Cria Ação – Como foi crescer com fortes referências artísticas em casa
Não só minha mãe (a estilista Lali Lattavo), mas outras pessoas da família também tinham essa veia artística. A gente cresce naturalmente nesse meio e, não só por observar a produção deles, mas também pela própria configuração da minha casa. Lembro que eu tinha uma casa tipicamente modernista, tinha móveis alemães, bauhausianos, que meus amiguinhos não tinham. Era outra pegada, então isso começa a entrar no sangue, você nem percebe… e claro, convivi muito com minha mãe desenhando todo dia, rabiscando os modelos dela, super detalhistas. E me vi, ao longo dos anos, fazendo exatamente o que ela fazia, do mesmo jeito. Minha primeira escola, mesmo,foi minha casa. Leonardo Lattavo.
Foi fundamental essa contribuição de conviver com arte. Meu avô tinha uma coleção muito legal de quadros, obras de arte, objetos. Convivi com isso de forma muito natural. De imediato, você já tem uma informação de gostar, de saber quais são os artistas, entender que aquele era um ambiente diferente. Anos depois, um pouco mais velho, meu padrasto era colecionador de carros antigos, o que é extremamente ligado ao design. Pirinfarina, Mercedes Benz, vários carros que eram incríveis, você olhava assim, extremamente bem desenhados, lindos. Pedro Moog.
Sobre a influências das Artes Plásticas
Nos tempos de faculdade, os dois já tinham uma produção artística própria sendo desenvolvida, mas com artes plásticas. O Pedro era mais voltada para pintura e colagens e eu mais voltado a escultura, pedra, metal. As artes plásticas foi um denominador comum da nossa amizade, que depois foi ganhar a função dos móveis lá na frente, a gente encontrou esse território pra explorar. Sempre mantivemos esse nosso DNA com o meio artístico. Leonardo Lattavo.
Conceito – Histórias que os mobiliários contam
Desde antes de começar a Lattoog, antes mesmo de fazer os primeiros móveis, a gente percebeu que o que o que a gente buscava não era somente criar móveis que fossem bonitos, ergonômicos, mas que tivessem uma carga de significância, algum conceito muito forte, que eles tivessem uma história. Esse é um território muito explorado pelas artes plásticas, que está sempre buscando a questão de uma outra dimensão, do significado. A palavra semiótica sempre nos persegue, em todos os sentidos. Leonardo Lattavo.
O trabalho começou pensando em como fazer um móvel carioca, depois como é que vamos fazer um móvel brasileiro, nunca pensando nas tipologias. A gente sempre buscou isso, não é pensando no sofá, na cadeira, na mesa… é sempre buscando um sentido para este trabalho. O sentido está no sentimento. Pedro Moog.
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