O filme Paralelos Trágicos é um dos maiores nomes do audiovisual já produzido em Campo Grande na história. Baseado no livro homônimo de Bernardo Lahdo, elenco contou com atuação principal do cineasta Abboud Lahdo e teve grande repercussão, tanto nacional quando internacional, na época do lançamento, em na década de 1960.

Muitos anos se passaram desde então. Porém, aparentemente, a saudade é a mesma para muitos dos envolvidos na produção cinematográfica. Na quarta-feira (16), o perfil oficial de Abboud Lahdo no Facebook postou um registro raro daquele período.

Na imagem divulgadas nas redes sociais, o cineasta aparece ao lado de crianças que estudavam na Escola Estadual Maria Constança Barros Machado, que assistiram ao filme.

Paralelos Trágicos, marco do cinema brasileiro novo – Cena do filme Paralelos Trágicos no colégio estadual campo-grandense, com participação de alunos e do diretor e ator Abboud Lahdo, no neorrealismo do cinema brasileiro novo, apontado como obra-prima e inédita pelos maiores críticos de cinema nacional e internacional”, está escrito na imagem. Confira:

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Após a publicação, Abboud Lahdo recebeu curtidas e alguns comentários. Em um deles, uma internauta escreveu: “Eu me lembro quando Bernardo escreveu o livro Paralelos Trágicos e Abboud foi o ator principal desse filme”, disse.

Sobre Paralelos Trágicos

Em Campo Grande, poucas pessoas atuaram em todas as etapas da indústria do cinema: produção, importação distribuição e exibição. Entre elas está Bernardo Elias Lahdo. A família criou uma produtora de documentários, jornais cinematográficos, salas de exibição e apoiou a realização do primeiro longa inteiramente produzido em Campo Grande: “Paralelos Trágicos”, de 1965.

O filme foi baseado no livro homônimo de Bernardo Lahdo. Esta obra é importante porque teve elenco e equipe técnica doméstica, e apresenta imagens de Campo Grande da década de 1960. O filme teve repercussão nacional e internacional. Posteriormente ao lançamento, o filme foi exibido nos cinemas de Campo Grande, com sucesso de público, por dois meses. Em seguida ficou em cartaz nas principais cidades do Brasil, Europa e em países da América Latina e nos Estados Unidos.

Infelizmente, a cópia original derreteu junto com o cine Acapulco, no incêndio ocorrido em 2000. A família Lahdo possui apenas partes de película do filme que podem ser restauradas e uma cópia incompleta em 16mm.