O resultado dos selecionados para o projeto musical Som da Concha, realizado na Concha Acústica de Campo Grande, foi divulgado nesta terça-feira (20). Ao todo, foram 241 inscrições e 20 atrações musicais escolhidas, entre músicos e bandas, para apresentação no Show de Abertura e Show de Encerramento do evento. Porém, para muitos artistas, esse número é muito baixo visto, que a edição bateu o recorde de inscrições em 2021. Assim, o movimento #MaisSomNaConcha começou hoje na Internet para pedir o aumento de contemplados pelo projeto.

A iniciativa partiu do artista multimídia Caio Mendes, que trabalha como artista plástico, DJ e produtor musical. Ele postou um relato nos stories convidando mais pessoas a comentarem a hashtag no post oficial da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (), responsável pelo Som da Concha. “Vamos pedir para eles aumentarem a quantidade de , tem tanta gente inscrita aí, bora dar oportunidade”, disse Caio no .

O Midiamax foi atrás do artista, que encabeçou o movimento, para saber como tudo isso começou. De acordo com o Caio, a Fundação deveria aumentar o número de participantes do evento, visto que a pandemia suspendeu vários trabalhos, inclusive a edição do ano passado.

“A gente está passando por uma pandemia, a classe artística talvez seja uma das mais afetadas e tendo em vista que esse ano foi recorde de inscrições, foi praticamente o dobro de inscrições dos outros anos, então nada mais justo do que disponibilizar mais vagas e contemplar mais artistas […] eu criei aquela hashtag #MaisSomNaConcha com o objetivo da gente fazer uma pressão e conseguir mais vagas”, contou.

O movimento foi aumentando aos poucos com pessoas comentando a hashtag no Instagram da FCMS. Caio ainda defende que o fato do evento ser online, é mais fácil dos organizadores incluírem maior número de participantes.

“Conforme for aumentando a demanda, a quantidade de vagas também deveria aumentar. É possível flexibilizar esse calendário por ser online. Então, seria um incentivo a mais para os artistas, eles precisam se apresentar, precisam de espaço e de recursos”, afirma Mendes.

Prints de comentários na publicação oficial da FCMS (Foto: Reprodução/Instagram)

 

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O que a FCMS diz

Vitor Maia, coordenador do núcleo de música da FCMS, conversou com o Midiamax e disse que a Fundação está acompanhando o movimento. Além disso, a equipe está pensando na possibilidade de abrir mais vagas para o Som da Concha.

“Antes de surgir esse movimento, internamente, pelo número de inscrições e pela qualidade dos artistas que ficaram, inclusive, de suplentes, a gente pensou nisso. Há uma vontade de se estender o número de participantes”, contou.

Nessa edição, o evento vai contar com uma estrutura nova para a realização dos shows, uma vez que estão planejando, a princípio, o formato de live para o público. No local – Concha Acústica – serão montadas caixas de som novas acompanhadas de uma Internet exclusiva para a transmissão ao vivo. Contudo, a possibilidade de realizar os shows presencialmente ainda não foi descartada.

“Se for permitido fazer um show com o público reduzido até setembro, possivelmente vai ser feito dessa forma também”, comenta.

Som da Concha

O Som da Concha é um projeto criado pela Fundação de Cultura que prevê shows em domingos alternados. Nesta edição, e devido à pandemia, os shows não serão presenciais a princípio. Eles serão transmitidos ao vivo para o público direto da Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas. O edital valoriza e difunde a produção musical sul-mato-grossense, selecionando músicos instrumentistas ou cantores solos, bandas ou grupos musicais residentes em Mato Grosso do Sul.

Serviço

O resultado está disponível no Diário Oficial do Estado e no site. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: Gerência de Desenvolvimento e Difusão de Programas Culturais (67) 3316-9316, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h30 ou pelo e-mail fcmsmusica@gmail.com.