Em meio a incertezas, blocos de Campo Grande antecipam eventos para 2021 e se organizam para 2022
Cordão Valu e Capivara Blasé acreditam que cenário estará mais claro no fim de dezembro. Antes, porém, eles já realizam eventos em alusão ao Carnaval.
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Fosse hoje o Carnaval, ele provavelmente aconteceria ‘normalmente’ em Campo Grande. Seria necessário, talvez, um decreto ali, uma flexibilização acolá, mas com avanço da vacinação, queda no número de contágio e mortes, e principalmente com o aumento da confiança das pessoas, estaríamos em festa.
E se depender dos blocos de Carnaval mais tradicionais de Campo Grande, a edição do ano que vem não só vai acontecer, como vai ser histórica. Para isso, tanto o Cordão Valu quanto o Capivara Blasé, basicamente a espinha dorsal do Carnaval de rua da Capital, já se organizam, mesmo sem garantias concretas do poder público.
Apesar do otimismo, a pandemia já nos ensinou, de forma muito traumática, que pode, como diz o ditado, “dar com uma mão e tirar com a outra”. Para isso, basta olhar o número de países na Europa, como Alemanha, Áustria e Holanda, que mesmo sendo bem menores territorialmente que o Brasil e tendo atingido altos índices de vacinação, testemunham nesse momento um aumento no número de casos.
Se isso não acontecer no Brasil, expectativa sobre a qual quase todos os governos e municípios estão trabalhando, chegaremos em março de 2022 já nos preparando para as festividades.
Os dois blocos de Campo Grande, aliás, já organizam eventos ainda em 2021, uma espécie de antecipação do calendário, que normalmente começa a partir de janeiro.
O Cordão Valu, por exemplo, está prevendo para o dia 11 de dezembro a comemoração de seu aniversário de 15 anos, que deve acontecer na Praça do Rádio. Para além do evento preparatório, Silvana Valu, fundadora do cordão, diz que já está correndo atrás de artistas para o ano que vem, além de outras burocracias.
“Claro que ainda falta o aval do poder público, mas estamos bem tranquilos quanto a isso. Pelo que temos conversado com a Secretaria (Sectur), a vontade é de fazer um grande carnaval, claro, se a pandemia estiver controlada”.
Vitor Samúdio, um dos organizadores do Capirava Blasé, pontua, inclusive, que o setor carnavalesco e o cultural como um todo, a despeito de ser um dos mais afetados, foi um dos que mais respeitou as regras e protocolos.
Segundo ele, sem citar datas, o bloco já deve fazer seu primeiro grito de Carnaval esse ano, muito provavelmente em dezembro. “Estamos trabalhando de acordo com a ciência. Seguindo todos os protocolos e decretos legais”.
Para o produtor cultural, o cenário vai estar mais claro no final de dezembro. “Vale lembrar que nossa atividade também tem uma importância para a saúde mental das pessoas. Sem falar na questão econômica, nas centenas de empregos e renda que o carnaval gera”.
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