Do Paraná, escritora vence concurso de MS com direito a curta metragem para as telas
Dentre concorrentes de vários Estados brasileiros, a escrita da paranaense conquistou a preferência dos jurados
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Lílian Deise de Andrade Guinski é uma escritora paranaense com mestrado em Letras e Estudos Literários, mas foi em Mato Grosso do Sul que ela ganhou o concurso cultural “Cadê Você…?”, realizado pela equipe do curta-metragem regional “Cadê Você, Jhonie”. Agora, o miniconto “Cadê Você, Gertrud?”, de Lílian, ganha espaço no cenário sul-mato-grossense para, também, ser adaptado às telas do cinema.
De acordo com as informações do concurso, 45 participantes ao redor do Brasil fizeram parte da seleção, sendo eles de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Mato Grosso e, por fim, Mato Grosso do Sul. A avaliação foi feita pela cineasta Larissa Anzoategui, Carlos Diehl e Wilyam Nicolay, diretores e produtores de “Cadê Você, Jhonie”.
“Não bastava a história ser boa, ela precisava também ter potencial para ser adaptada para uma peça audiovisual”, disse Wilyam do motivo pelo qual escolheram a literatura de Lílian.
A mestre em Letras ficou surpresa ao saber do resultado, mas também se sentiu prestigiada em poder representar o concurso com uma obra de qualidade. “Ao ler o edital, percebi que o interesse dos organizadores não era receber um grande número de textos e assim justificar o projeto, mas sim propor aos escritores concorrentes uma escrita diferente, pensada a partir da junção literatura e imagem. Com uma proposta tão diferente, me senti instigada a escrever algo fora da minha zona de conforto. Foi fantástico”, comentou a escritora, que produziu o miniconto especialmente para a seleção.
Premiação
Vencedora, Lílian leva para casa o prémio de R$ 1000 e a oportunidade de ter o “Cadê Você, Gertrud?” adaptado para um curta-metragem através de um enredo envolvente. Agora, a escritora e equipe vão começar a discutir técnicas para conseguir entregar um resultado chamativo para o meio audiovisual, mas sempre carregando a essência da escritora.
“Eu ia lendo e já imaginando as cenas. Adorei a ideia do concurso e amei a oportunidade de participar da escolha do grande finalista. Estou doida pra ver o resultado em imagem e som”, explicou Larissa Anzoategui.
Cadê Você, Jhonie?
“Cadê Você, Jhonie?” conta a história da busca de Inácio por seu amigo Jhonie, que após a morte de seus pais, decidiu pegar a estrada em uma viagem de autoconhecimento em seu Opala Vermelho, pelo interior de Mato Grosso do Sul. No caminho, no entanto, surpresas e situações surreais começam a acontecer.
Ambientado nas entradas sul-mato-grossenses, filme conta com muitas descobertas, paisagens, mistérios e pitadas de terror, ideal para quem quer se surpreender e sair do óbvio.
A trama foi inspirada em uma lenda da região dos garimpos de Aquidauana (MS) na década de 1970. Segundo ela, havia um hotel onde os hóspedes desapareciam e tinham seus diamantes roubados. Seus corpos nunca eram encontrados e, seu destino, dizem, era literalmente virar churrasco.
Com essa história de terror na cabeça, Carlos Diehl e Wilyam Stevan Nicolay escreveram um roteiro dividido em capítulos. A narrativa com tom contemporâneo é desconstruída aos poucos em uma clara referência a grandes diretores de Hollywood como Alejandro Iñarritu, Win Wenders e Quentin Tarantino.
A direção do jovem Wilyam Stevan Nicolay garante à produção um ritmo dinâmico que cativa o espectador, alternando entre a tensão da busca por Inácio e as belezas das paisagens das estradas do entorno de Campo Grande, na região de Rochedinho. Destaque também para o trabalho do elenco, em especial, para Tai Petelin, que dá vida à visceral Carol, um dos personagens mais complexos do filme.
Quem assistir a “Cadê Você, Jhonie?” vai se lembrar dos filmes de terror dos anos 1970 e 1980, especialmente O Massacre da Serra Elétrica, de Tobe Hoper, e Evil Dead, de Sam Raimi. “Cadê Você, Jhonie? é um filme para todos os públicos, em especial para quem ama narrativas de horror e busca novas emoções nesse gênero já tão consagrado pela indústria cinematográfica”, pontua Wilyam. O ainda filme traz cenários incríveis e um trabalho de fotografia primoroso, com assinatura de Fabricio Borges.
Realização
O curta foi produzido através do edital do Museu da Imagem e do Som da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul para apoio à produção de obras audiovisuais inéditas, de curta metragem, de ficção ou documentário. Finalização e Distribuição realizadas com recursos do Fundo Municipal de Cultura – FMIC/2019 disponibilizado pela Prefeitura Municipal de Campo Grande através da Secretaria Municipal de Cultura.
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