O que sentem as crianças e quais seus conflitos internos após um ano de pandemia?
Psicóloga relata as angústias vividas pelos pequenos
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A garotada costuma ser agitada. Em sua maioria, as crianças brincam, correm, se divertem e têm uma rotina atribulada. Do dia para a noite, com a pandemia, essa situação da vivência infantil acabou sendo prejudicada.
“Antes tinha natação, inglês, kumon, fora a escola, os encontros… então tinha muito essa questão social de encontrar o amiguinho, os filhos dos amigos dos pais e hoje em dia isso meio que se quebrou”, conta a psicóloga clínica Fernanda Moraes ao Jornal Midiamax.
Segundo a especialista em terapia cognitiva comportamental, os pequenos estão sendo afetados pelas regras de distanciamento e isolamento em casa, provocando abstinência do contato social, de estar com os amigos, e de ter essa rotina que tinham anteriormente. “Eles estão sentindo um tédio muito grande, uma ansiedade…”, relata a mestre em psicologia da saúde.
Importante questão visualizada pela especialista, é que o processo de aprendizagem tem sido um problema constante para a criançada, causando enorme desconforto. “Estão reforçando crenças de que não conseguem, que não dão conta. E muitas vezes eles têm que reaver isso sozinhos porque os pais estão trabalhando. Têm que cumprir essas obrigações escolares nesse formato do qual eles tinham só como lazer e agora estão tendo aulas, provas e testes. Então eles estão tendo que se adaptar a tudo isso”, explica.
Tédio e rotina instável
De acordo com a psicóloga, há uma ênfase no relato do tédio. Segundo Fernanda, as crianças preferem uma rotina atribulada.
“Os pais estão mais maleáveis a regras que existiam antes por não darem conta, então meio que entra num caos dos limites. E daí a família tem que se encontrar nesse novo modelo, nesse novo formato agora. Hoje estão todos mais adaptados, mas foi bem impactante tudo isso para as famílias, porque muitos pais não deixaram de trabalhar”, argumenta.
A inconstância tomou conta do dia a dia dos menores, provocando uma situação deles precisarem ser cuidados por terceiros com maior frequência. “Cada hora um fica na casa de uma avó, do avô, do tio, da tia, então isso causa um pouco de falta de orientação do que se fazer. Até uma angústia, porque ‘pra quem que eu vou hoje?’, o que eu vou fazer, como vai ser?’”, pontua Fernanda.
Para essa questão, a psicóloga aponta uma proposta de intervenção. “Podemos delimitar uma rotina amena para que eles consigam ter um norte diante de todo esse processo”, finaliza.
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