Amor em 7 dias? Experimentamos tarot que revela futuro em cartas, veja resultado

Todo mundo sabe que o futuro é imprevisível. Apesar de todos os esforços, tecnologias e invenções criadas pelas civilizações no decorrer dos séculos, o tempo ainda continua sendo um enigma imutável até hoje. Mesmo assim, algumas capacidades místicas prometem ser capazes de romper a linha do tempo para prever os acontecimentos do futuro.

Sejam previsões, mediunidades, leitura de mãos ou outras técnicas, a verdade é que esses conhecimentos “do além” geram muita curiosidade entre as pessoas. Por isso, o Midiamax foi atrás de uma cartomante para experimentar o Tarot — famosa leitura de cartas — e mostrar aos nossos leitores como tudo funciona.

A convidada é a taróloga Lunna, que atua em Campo Grande. Ela começou os estudos com as cartas em 2016 e, desde então, segue na carreira. Antes da gente falar da nossa experiência fazendo um atendimento de tarot, vamos entender o que ele significa? O tarot é um baralho de cartas que trabalha, principalmente, com o autoconhecimento. A ferramenta instiga a pessoa a conhecer aspectos profundos de si e identificar nuances que, até então, eram imperceptíveis. 

De acordo com a taróloga, a maioria das pessoas que procura os seus atendimentos são mulheres de 35 a 40 anos em busca de previsões sobre o amor. Em seguida, a questão profissional é o segundo assunto mais requisitado.

“Uma história que me marcou muito foi a de uma cliente que tinha saído de um relacionamento abusivo e estava insegura sobre seu futuro. As cartas mostraram que ela mudaria de cidade e que iria pra onde houvesse sol. Hoje ela mora na praia, refez sua vida e está muito feliz”, comentou Lunna.

Assim, o tarot funciona da seguinte forma: o tempo geral da consulta varia de 30 minutos a uma hora, momento em que são feitas perguntas ao oráculo. Em seguida, o profissional joga as cartas e interpreta o jogo, com esclarecimentos para o consulente [pessoa que faz atendimento] sair dali certo de qual caminho tomar a partir de então.

“O tarot é uma chave que abre as percepções sobre a pessoa. Meu papel é sentir a magia do momento, intuir, fazer a leitura de acordo com meus estudos sobre as cartas, conduzir a consulta da melhor forma para que a pessoa entenda a mensagem da melhor forma e saia dali transformada”, confirma.

O que achamos do Tarot?

A jornalista responsável por essa matéria foi convidada a fazer um atendimento de tarot pela Lunna. Na ocasião, foi realizado em uma modalidade diferente: o online. Na hora, a cartomante sugeriu que eu me conectasse ao momento presente e criasse maior energia com as cartas. Assim, eu entrei no meu quarto, fechei a porta, deixei tudo em silêncio e fiz o solicitado.

Primeiro, ela pediu o meu nome e idade de nascimento, o que foi prontamente fornecido. Então, eu precisei escolher um número. A partir disso, a minha mandala já estava pronta para ser interpretada. Esse foi o resultado:

As primeiras interpretações falavam de aspectos gerais da minha vida e personalidade. Logo no início, comecei a achar as informações meio vagas. Mas, bastaram mais algumas leituras de cartas para que, imediatamente, eu me sentisse completamente nua perante uma desconhecida, no caso, da Lunna.

Era como se ela conhecesse todas as minhas qualidades, defeitos, medos, inseguranças e perspectivas sem eu, ao menos, dar mais do que meu nome e data de nascimento. A leitura geral da mandala — e posteriormente detalhada — seguiu tal ordem: trabalho, vida financeira, ambições e, por último, vida amorosa. Segundo a Lunna, as cartas diziam que aquela era a minha ordem decrescente de prioridades.

Assim, questões profissionais vieram em primeiro e vida amorosa, por último. Informações específicas à parte, confesso que fiquei extremamente intrigada em meu primeiro contato com o tarot. Isso porque, ao invés dele falar soluções milagrosas que iriam acontecer no meu futuro, me proporcionou uma visão de fora sobre assuntos bem profundos da minha vida, a maneira como estou conduzindo ela e possíveis consequências dos meus atos lá na frente.

De uma forma geral, fui posta em um ciclo de autoconhecimento absurdo que durou uma hora, mas impactou definitivamente no processo de análise das minhas vivências. Eu me sentia olhando para um reflexo de mim mesma e que, a partir dali, eu tinha as informações necessárias para fazer escolhas melhores. Conheci mais de mim mesma e abri os olhos para tantas outras que mantive obscuras por muito tempo. Foi intenso, mas revelador.

Devo destacar também que ter essa experiência com uma pessoa acolhedora foi fundamental para que fosse boa. Como eu disse: você se sente completamente transparente ali, com todos os seus segredos expostos para uma pessoa que nunca tinha visto na vida. Saber que essas informações estavam ao alcance de alguém responsável também me deixou muito mais segura e confiante do que estava acontecendo.

Portanto, esse é meu veredito: se você buscar o tarot para ter todas as respostas e soluções ao alcance das mãos, talvez vá se sentir frustrado(a). O processo é um guia para você mesmo alcançar sua verdade por meio do autoconhecimento e autocrítica. Ele te dá as informações, mas é preciso se conectar a elas. 

Para falar bem a verdade, achei toda a dinâmica bem ética e livre dos eventuais charlatanismos ilusionais existentes por aí. Então, se você busca uma prática humana, o tarot, ao menos para mim, definitivamente foi uma ótima opção.