Cinéfilos da cidade se articulam para trazer filme independente aos cinemas

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Aos moldes de como foi feito para trazer, em 2013, o filme ‘Elena’, da diretora Petra Costa, amantes do cinema em Campo Grande querem repetir a façanha e também trazer para cá o filme ‘Olmo e a Gaivota’. O filme, que também tem direção de Petra Costa, estreou na última quinta-feira (5) e já foi até premiado no último Festival do Rio de Janeiro na categoria ‘Melhor Documentário’.

Foi a paixão pelos filmes da diretora que fez com que a estudante universitária Thaís Silva criasse a mobilização. “Eu não estava mexendo os pauzinhos quando Elena foi trazido pra cá, em 2013, mas participei confirmando presença no evento e indo assistir ao filme. Elena é um filme que me marcou muito, então, quando eu vi que a Petra estava pra lançar um novo filme, fiquei naquela de ‘ah, esse filme nunca vai vir pra Campo Grande’, como sempre acontece com tantos outros filmes independentes. Eu criei o evento como fã, mesmo, dando um tiro no escuro, mas em menos de 24 horas já repercutiu tanto!”, acrescenta.

Em menos de 24 horas desde sua criação, o evento já reúne 230 confirmações – o que já enche uma sala de exibição em alguma das três redes de cinema que atuam na cidade. Mas é preciso haver mais confirmações, já que para entrar na programação dos cinemas, o filme fica cartaz pelo menos por uma semana.

As queixas de Thaís se confundem com muitas outras de quem gosta de ir ao cinema, mas que não se sente estimulada a assistir aos blockbusters – os filmes mais populares, com muita bilheteria, e que por isso são mais lucrativos aos estúdios. “O Cinemark ainda tem a sessão dos clássicos, o que te garante ao menos um filme bom pra ver na semana. Mas de resto, os filmes com mais destaque são os que dão mais bilheteria. Sorte nossa que há iniciativas bacanas, como mostras de cinemas no MIS (Museu da Imagem e do Som) e o Cinema d’Horror, que exibem bons filmes e de graça”, relata.

Quem não chora não mama

Mas existe uma luz no fim do túnel, ou melhor, na tela do cinema. É que para o produtor executivo de ‘Olmo e a Gaivota’, Tiago Pavan, as distribuidoras veem com bons olhos as iniciativas virtuais para que um filme independente alcance novas audiências. “Hoje em dia, essa questão das redes sociais ajuda muito a levar um filme independente a uma localidade um pouco distante do circuito. Então, quanto mais gente confirmada, maiores as chances”, explica Pavan.

A boa notícia para Thaís e cia., que intencionalmente deixamos para o final, é que a partir da iniciativa dela, as chances de que ‘Olmo e a Gaivota’ venham para Campo Grande são bem reais. “Diria que são chances bem grandes, mesmo. Dependendo da articulação, talvez até para a semana que vem ou para a seguinte. Nossa equipe recebeu ontem alguns dados e mapeamos movimento forte de cidades do norte, nordeste e centro-oeste para que o filme fique em exibição nas capitais. O que orientamos é que, de posse desses eventos no Facebook, os organizadores acionem a produtora do filme e apontarem a sala que tem o perfil para receber a exibição na cidade”, explica.

Em tempo: quem quiser confirmar presença no evento e fazer torcida para que o filme venha à cidade, basta clicar aqui.

Olmo e a Gaivota

O filme ‘Olmo e a Gaivota’, estreou na última quinta-feira (5) e conta a história de Olívia, uma atriz que ensaia o espetáculo “A Gaivota”, de Anton Tchekov. Quando descobre a gravidez no avançar da produção, ela se envolve num acidente e é afastada da montagem. O filme expõe as diferenças entre homens e mulheres ao abordar que o companheiro dela, protagonista da mesma peça e pai da criança, continua trabalhando enquanto ela segue em repouso, e também desmistifica a imagem da mãe imaculada.

 

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