custou cerca de R$ 10 milhões, mas nunca funcionou plenamente.

A Procuradoria-geral de Campo Grande aguarda a chegada da decisão oficial do Ministério da Saúde sobre a devolução de R$ 8,2 milhões que foram empregados pelo órgão na implantação do Gisa (Gerenciamento de Informações Integradas da Saúde).

O processo, de acordo, com o procurador-geral Fábio Castro Leandro, deve chegar à unidade regional do órgão nesta semana, na sequência, o Executivo deve se posicionar em relação ao parecer Ministério da Saúde.

“Ainda não temos conhecimento da decisão completa, somente o extrato do processo que foi publicado no Diário. Precisamos do processo completo para então estabelecer os procedimentos do município”, resumiu Fábio.

Ao todo, o Gisa custou cerca de R$ 10 milhões aos cofres públicos. A implantação do sistema começou ainda na gestão do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), mas nunca funcionou plenamente.

Em virtude da ineficiência do Gisa, o MPF (Ministério Público Federal) solicitou auditoria da CGU (Controladoria Geral da União) que, por sua vez, identificou série de irregularidades no processo.

As informações da CGU levaram o Ministério da Saúde a rescindir o contrato com a empresa Telemídia Tencology. Desde que a decisão veio a público, ninguém da empresa foi encontrado para comentar o caso. O cancelamento do contrato foi publicado no Diário Oficial da União no início deste mês.

“A rescisão unilateral foi motivada após constatações de irregularidades na empresa vencedora da licitação realizada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande”, avisou o órgão federal. O Ministério da Saúde deu prazo de 30 dias para o Executivo devolver o dinheiro, a contar da data da publicação da rescisão.