Olarte emplaca grupo no Instituto Mirim e repasses devem ser regularizados
Prefeitura também prometeu colocar em dia repasses que estavam atrasados
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Prefeitura também prometeu colocar em dia repasses que estavam atrasados
A queda de braço entre o prefeito Gilmar Olarte (PP) e seu antecessor Alcides Bernal (PP) pelo controle do IMCG (Instituto Mirim de Campo Grande) precisou de intervenção do MPE (Ministério Público Estadual). Na tarde desta sexta-feira (30), uma Assembleia Geral da entidade aceitou avaliar a entrada de 58 novos associados indicados pela atual gestão da Prefeitura da Capital.
Pela manhã, o secretário municipal de administração, Wilson do Prado, teria sido impedido de entrar na reunião com o grupo indicado por Olarte, o que acabou gerando um pequeno tumulto na sede do IMCG. À tarde, os ânimos se acalmaram, mas apesar da aceitação dos nomes, os atuais associados prometeram fazer novas indicações.
“Agora o compromisso não é entre instituto e município, e sim entre instituto e Ministério Público e Prefeitura e Ministério Público”, disse o promotor da infância, adolescência e juventude, Sérgio Harfouche.
Dos 14 associados com poder de voto na entidade, nove estavam presentes na assembleia e decidiram aceitar os 58 indicados por Olarte para compor o instituto. Um pré-requisito do acordo feito com o MPE.
A aceitação dos novos associados ainda não é definitiva. O grupo de Bernal tem agora 10 dias para avaliar os indicados de Olarte, se algum for impugnado, os motivos deverão ser apresentados ao Ministério Público. O único requisito para a entrada de novos associados é ter sido indicado por alguém que já faz parte do IMCG.
Como o atual prefeito apresentou 58 nomes, que foram, teoricamente, indicados pela presidente do IMCG, Mozania Ferreira Campos, os associados que estão na entidade, remanscentes da gestão de Bernal, também prometeram apresentar ao MPE uma lista com novos indicados. O que deverá equiparar, no instituto, representantes dos dois adversários políticos.
Pagamento
O impasse no comando do Instituto Mirim fez com que a prefeitura suspendesse o repasse feito à entidade. Agora, o assessor jurídico do instituto, Wilton Edgar Acosta, que também advoga para Alcides Bernal, afirmou que parte do montante atrasado já foi depositado, cerca de R$ 454 mil.
A prefeitura promete resolver o impasse financeiro. “Até o final da tarde vamos colocar em dia. A prefeitura tirou dinheiro de vários fundos para isso”, declarou o secretário de administração, Wilson do Prado.
Atualmente, cerca de 1 mil adolescentes são atendidos no Instituto. Eles recebem em média R$ 790 em empresas e órgãos públicos, a prefeitura é o segundo maior empregador. Sem os repasses, a presidente da entidade afirmou que teria dificuldade em fazer o pagamento dos menores.
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