Com aval do prefeito e do secretário, gerente do Cempe atua em várias unidades de saúde

A gerente do Cempe (Centro Municipal Pediátrico), Renata Guedes Alves Allegretti, está dividindo opiniões na Saúde Pública de Campo Grande. Escolhida pelo chefe da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Jamal Salém, e pelo prefeito, Gilmar Olarte (PP), para fazer alguns “ajustes” nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde), ela evita entrevista, mas diz ter chegado para “solucionar a saúde”, recebendo críticas por parte de servidores, que a chamam até de ‘bruxa’.

As polêmicas envolvendo Renata começaram depois de várias denúncias de que ela estaria “coagindo e pressionado” funcionários da Remus (Rede Municipal de Saúde). O caso foi levado ao chefe da Sesau, que defendeu a gerente do Cempe, dizendo que ela pode ter “exagerado”, resultando em servidores ‘desafetos’.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato Renata para que ela pudesse se pronunciar a respeito das acusações. No entanto, ela limitou-se dizendo que não poderia falar com a imprensa sem autorização. “Eu não caí de paraquedas. Sou técnica, tenho empresa, família. Vim para resolver, solucionar a saúde”, declarou.

Orientada pela gerente do Cempe, a reportagem do Jornal Midiamax tentou agendar uma entrevista por meio da assessoria de comunicação da Prefeitura. Mas, teve o pedido negado, com a promessa de que ela poderia falar em outro momento.

Polêmica

Após reportagem publicada na quarta-feira (14), na qual servidores relatam que Renata fez “ameaças de remanejamento de pessoal e demissão”, vários internautas se posicionaram a respeito do assunto. Muitos deles funcionários da Remus, que demonstraram insatisfação com o ‘poder’ dado à gerente.

Em um dos comentários, a chefe do Cempe foi chamada de bruxa. “Essa mulher é uma bruxa. Sem capacidade alguma de passar em um concurso, quer dar ordens em todo mundo exigindo ser chamada de doutora”, disse um leitor anônimo.

Os servidores que se mostraram contra a interferência da gerente do Cempe em outras unidades de saúde também questionaram a hierarquia do chefe da Sesau. “Quem é que manda na Sesau?”, questionou um servidor. O questionamento chegou a ser respondido pelo secretário Municipal de Saúde. “Quem manda sou eu”, defendeu.

Questionado se seria adotada alguma medida a respeito das denúncias dos servidores, o secretário disse que vai “orientar melhor” a gerente do Cempe e que os “exageros” não serão mais cometidos.