O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), era aguardado para a comemoração na comunidade indígena Darcy Ribeiro, no Bairro Noroeste, na manhã deste domingo (27). O evento que estava previsto começar às 9h, iniciou com uma hora de atraso.

Crianças da comunidade abriram o evento exibindo a bandeira do Brasil. Segundo o cacique Vanio Lara, a comemoração também é para “dar boas vindas” a Copa do Mundo. Apenas autoridades indígenas participaram do evento.

“Estávamos esperando. Ele (Olarte) veio antes do evento e deu um ‘oi’, mas tinha outros compromissos”, justificou o cacique. O ancião indígena de Campo Grande, Paixão Delfino, de 83 anos, que pertence à comunidade do Indubrasil, ressaltou a importância de se manter viva a cultura do povo.

“Para não esquecer nossa cultura temos que apresentar a nossa cultura”, disse Paixão. Em seguida falou na língua indígena, traduzida pelo cacique, que “nunca deixe de estudar, viver a cultura e falar a língua”, completou. No entanto, as crianças disseram que não entender o idioma.

Conforme o cacique, hoje a Comunidade Darcy Ribeiro, tem 100 famílias e cerca de 500 pessoas. Mas metade das famílias, ainda moram em barracos.

As crianças ainda apresentaram duas danças. Uma chamada Siputrema, apresentada pelas meninas, para recepcionar as pessoas, famílias que estavam ali para comemorar o Dia do Índio. Depois os meninos apresentaram a Kohixoti Kipaé, ou Dança da Ema, cuja a espécie é a ave espiritual.

Ainda hoje, foi comemorado o Dia do Índio nas comunidades Lagoa Bonita e Santa Mônica. Na semana passada, o evento foi no Indubrasil. Apesar dos diferentes dias de comemoração, as comunidades se unem para colaborar nos eventos.

Homenagem

Antes da comemoração foi pedido um minuto de silêncio em homenagem a Maurício Pedro da Aldeia Cachoeirinha que faleceu no dia 19 de abril, Dia do Índio. Segundo seu sobrinho, cacique Vanio Lara, ele elevou não só elevou o povo Terena, mas o índio.