‘Saiam daqui seus terroristas’: divulgadores do Islã sofrem preconceito em Campo Grande

‘Saiam daqui seus terroristas’, é uma das frases de preconceito que Nassim Dhaher, junto com Saad Vitor, já escutaram e escutam quase todos os dias pelas ruas de Campo Grande. Os dois divulgam o Islã, religião muçulmana, em uma barraca montada na Praça Ary Coelho em Campo Grande. “Dois jovens passaram em uma moto, e […]

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‘Saiam daqui seus terroristas’, é uma das frases de preconceito que Nassim Dhaher, junto com Saad Vitor, já escutaram e escutam quase todos os dias pelas ruas de Campo Grande. Os dois divulgam o Islã, religião muçulmana, em uma barraca montada na Praça Ary Coelho em Campo Grande.

“Dois jovens passaram em uma moto, e um deles disse: Saiam daqui seus terroristas. Eles entraram em um estacionamento e Saad correu atrás deles, eles até ficaram com medo, quando ele entregou um livro e disse essa é a nossa religião, não é terrorismo”.

Esse fato que ocorreu com Nassim e Saad, é o preconceito que muitos religiosos islâmicos sofrem no mundo inteiro, por conta do radicalismo de minorias.

Minorias também que julgam de forma preconceituosa segundo os dois, pois muitas pessoas interessadas param para saber sobre a religião, fato que ocorreu durante a reportagem.

“Faz tempo que eu tinha vontade em conhecer, muitas vezes pela televisão, geralmente é associado ao terrorismo, esse pensamento é errado, a má índole é das pessoas, não da religião”, argumenta o tatuador Jhoy Leite, de 46 anos, que parou na barraca e escutou a mensagem do Islã.

“É importante conhecer outro tipo de cultura, religião, saber qual o tipo de fundamento”, conta o evangélico Evanildo Amorin, de 49 anos, que também parou para escutar sobre a religião.

“O Islã é uma religião de um único Deus, que para nós é Alá”, diz Nassim argumentando que islamismo prega a paz entre as pessoas. Nassim e Saad também explicam que o Alcorão foi escrito pelo profeta Mohamed, nascido 571 anos depois de Cristo, que também é considerado no Islã como profeta, tal como Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão.

“O radicalismo existe em qualquer lugar, o problema muitas vezes é a forma que a mídia mostra, que geralmente é ruim”, diz. Tanto Nassim quanto Saad que estudam o Alcorão e são divulgadores da religião, contam que rezam cinco vezes ao dia. Eles também lembram do período de Ramadan que neste ano será em julho.

O Ramadan é o nono mês do calendário islâmico, período de treze dias no qual os muçulmanos praticam o seu jejum ritual, que representa a renovação da fé, a prática mais intensa da caridade, e vivência profunda da fraternidade e dos valores da vida familiar.

Quem quiser conhecer mais de mais perto sobre o islamismo, pode ir até a mesquita que fica na Avenida América, 657 na Vila Planalto. As orações começam às 20h45min todos os dias.

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