Produtores de soja reclamam de aumento no custo da produção da leguminosa

Durante o lançamento nacional do plantio da safra 2014/15, realizado na manhã desta quarta-feira (24), no Sindicato Rural de Dourados, os produtores do grão reclamaram do aumento no custo da produção.

Gervársio Lucena Costa, de 63 anos, cultiva milho e soja em uma área de 160 hectares. O produtor contou que a atividade está menos lucrativa. “Estamos produzindo mais, no entanto, não vamos ganhar muito. As indústrias barganham, impõem o preço e nós produtores ficamos reféns”, declarou.

O gestor técnico da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Lucas Galvan, disse que embora o custo de produção esteja maior e o valor de venda tenha caído, a expectativa é superar a safra passada, quando foram plantados 2,1 milhões de hectares e produzidos 6 milhões de toneladas da leguminosa.

Galvan analisa que um dos principais problemas enfrentados é o escoamento do grão. “As nossas maiores limitações são os portos e a falta de espaço adequado para o armazenamento” explicou. Atualmente o escoamento da soja ocorre por meio dos Portos de Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) e Santos (SP).

Para melhorar o sistema de escoamento, dois projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), I e II estão sendo estudados. Eles visam o transportar o grão por meio de ferrovias que ligam Maracaju, Mundo Novo e Cascavel e Brasilândia a Dourados.

A safra 2014/2015 foi lançada com 146 mil hectares. O lançamento é organizado pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), Aprosoja Brasil, Famasul e Canal Rural.

O evento conta com a presença do Ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, governador do Estado, André Puccinelli, presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Seneri Paludo, presidente da Famasul, Eduardo Riedel e do presidente da Aprosoja/MS, Mauricio Saito.