A Prefeitura de Campo Grande vai instituir um grupo para verificar, em detalhes, a ação do grupo do ex-prefeito Alcides Bernal, que na quinta-feira (15) à tarde invadiu o Paço Municipal, cometendo ato de “terrorismo”, na avaliação do prefeito, Gilmar Olarte.

O chefe do Executivo ainda nem foi ao gabinete depois que chegou de Brasília (DF), onde passou a semana. Bernal e simpatizantes ocuparam o prédio da Prefeitura depois de a Justiça determinar, em primeira instância, que o ex-prefeito reassumisse o cargo – ele foi cassado em 12 de março pela Câmara Municipal.

Horas depois, o Tribunal de Justiça reverteu a decisão e manteve Olarte no cargo. Neste meio tempo, o prédio da Prefeitura foi, segundo consta, evacuado pela turma de Bernal, com denúncias de revistas a bolsas e até agressão a servidores, além de furto de equipamentos e documentos do Executivo.

Olarte, que concedeu entrevista na tarde deste sábado (17) no gabinete da Esplanada Ferroviária, cercado de assessores e secretários, espera, no decorrer da semana, ter um relatório detalhado sobre os “reais prejuízos que a prefeitura pode ter tido com este ato de terrorismo”.

Na visão do prefeito, a ação foi planejada. “Eles sabiam como agir, dividiram-se em grupos”, disse Olarte, completando que será dada “resposta à altura contra os crimes, seja contra a prefeitura ou contra servidores”, inclusive recorrendo à Justiça para punir eventuais responsáveis.

O prefeito disse, ainda, que está recebendo gravações e imagens que detalham a bagunça feita na quinta-feira. O grupo formado para detalhar os problemas é composto por pessoal da Procuradoria Geral do Município e Secretaria Municipal de Administração (Semad).

Ainda neste sábado, o prefeito reúne-se com o secretariado. Na pauta, “primeiro falar de trabalho” e, depois, a confusão registrada na quinta-feira.