Imprensa dos EUA destaca “realismo fantástico” de Gabriel García Márquez

“Gabriel García Márquez introduziu o mundo nas poderosas correntes do realismo fantástico criando um estilo literário que misturou realidade, mito, amor e perdas”, afirmou nesta sexta-feira o jornal “The Washington Post” em artigo sobre a morte do escritor colombiano. “Conhecido carinhosamente em toda a América Latina como ‘Gabo’, García Márquez foi jornalista, romancista, rotei…

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“Gabriel García Márquez introduziu o mundo nas poderosas correntes do realismo fantástico criando um estilo literário que misturou realidade, mito, amor e perdas”, afirmou nesta sexta-feira o jornal “The Washington Post” em artigo sobre a morte do escritor colombiano.

“Conhecido carinhosamente em toda a América Latina como ‘Gabo’, García Márquez foi jornalista, romancista, roteirista, dramaturgo, memorialista e um estudioso da história política e da literatura modernista”, acrescentou o artigo.

Pela “força de sua obra, se transformou em um ícone cultural que atraiu um vasto público e, às vezes, críticas por seu indeclinável apoio ao caudilho cubano Fidel Castro”, segundo o “Post”.

Em relação à morte de García Márquez, o jornal conservador “The Washington Times” se limitou a publicar uma resenha de reações mundiais preparada por agências de notícias, o mesmo material que usaram as maiores cadeias de televisão como “ABC” e “CBS”.

O jornal “The Wall Street Journal”, em artigo de seu correspondente em Bogotá, Juan Forero, lembrou que a obra mais famosa de García Márquez, “Cem anos de solidão” se traduziu para dezenas de idiomas e vendeu 30 milhões de exemplares.

“O livro se considera o exemplo em literatura do realismo fantástico e gerou incontáveis imitações além de inspirar a uma geração de escritores na América Latina e além”, apontou o jornal.

O jornal “Los Angeles Times” afirmou que “o autor de sete novelas e vários contos e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1982 encheu suas páginas com as vidas de sonhadores, mulherengos, anarquistas, ladrões e profetas, homens e mulheres guiados por seus apetites e frequentemente isolados por suas tolices”.

“Por mais inventadas que fossem suas ficções, os personagens jamais estiveram longe demais da realidade”, acrescentou.

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