Falta de gestão profissional ameaça pequenas empresas; veja exemplo de MS

O sonho de ser dono do próprio negócio parece ser a solução perfeita para quem quer fugir de patrão e ganhar dinheiro. No entanto, este passo requer planejamento e cuidados, pois a falta de gestão profissional, dizem especialistas, põe em risco a sobrevivência das micro e pequenas empresas. A Agência Brasil ouviu o consultor de […]

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O sonho de ser dono do próprio negócio parece ser a solução perfeita para quem quer fugir de patrão e ganhar dinheiro. No entanto, este passo requer planejamento e cuidados, pois a falta de gestão profissional, dizem especialistas, põe em risco a sobrevivência das micro e pequenas empresas.

A Agência Brasil ouviu o consultor de negócios Marcello Lopes, que advertiu que os proprietários precisam saber quanto a empresa rende, para somente então definirem o valor das retiradas. “O empresário não pode simplesmente retirar o valor que quiser porque a renda dele é determinada pelo lucro do negócio”, acrescenta.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a taxa de mortalidade das empresas com mais de dois anos de funcionamento corresponde a 24,6%. Na prática, uma em cada quatro empresas fecha até dois anos depois da criação. Grande parte deste índice pode ser atribuída à má administração.

Ainda segundo o Sebrae, muitos problemas estão pela mistura entre o patrimônio pessoal dos donos e o dinheiro das empresas; a falta de um sistema claro de contabilidade compromete a manutenção e a capacidade de investimento das empresas.

Apesar disso, um levantamento recente da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) revelou que no Centro-Oeste tem o maior número de empresas consolidadas em 2013. Os proprietários de negócios consolidados, ou seja, com mais de três anos e meio de existência, já formavam 19,8% da população brasileira entre 18 a 64 anos – crescimento de 4,7% em relação ao passado; contra 15,4% da média de representatividade no Brasil.

Mato Grosso do Sul

Samara Nantes, 27 anos, abriu duas franquias em Campo Grande de uma empresa especializada em cookies e guloseimas norte-americanas. Porém, recentemente fechou um dos pontos que mantinha em um shopping Center, onde durou apenas um ano.

Para que o quiosque sobrevivesse, era necessário vender mais. O tíquete médio (valor médio das vendas por usuário) era maior no ponto extinto, mas o volume de vendas não alcançava a metade do que era comercializado no quiosque bem-sucedido. “Quando o volume de vendas é muito baixo e o custo fixo com aluguel e funcionários não se ajusta a isso, é inviável permanecer no local”, explica.

Segundo Samara explicou à Agência Sebrae MS, seu maior erro foi não ter focado o consumidor. Para não errar antes de abrir um negócio, você também pode obter ajuda profissional em cursos do Sebrae e lembre-se que é necessário um planejamento. (Com informações da Agência Brasil e Sebrae/MS)

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