Estreando como escritora, jornalista de Campo Grande fala sobre saudades em livro de contos
Se Forrest Gump invadisse a literatura poderia estar envolvido com a ditadura no Brasil e o acidente na mina no Chile em 2010. Ou se um pai arrependido resolvesse retomar o contato com a filha abandonada sabendo de um possível apartamento que seria herdado. Ou um insone que, desesperado pelo medo que tira o sono, […]
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Se Forrest Gump invadisse a literatura poderia estar envolvido com a ditadura no Brasil e o acidente na mina no Chile em 2010. Ou se um pai arrependido resolvesse retomar o contato com a filha abandonada sabendo de um possível apartamento que seria herdado. Ou um insone que, desesperado pelo medo que tira o sono, acabasse encontrando na rua um pesadelo pior. Os contos da jornalista campo-grandense Moema Vilela trazem muitas invenções escondidas, com diferentes narradores, temáticas e subgêneros literários.
Viajando do texto epistolar à ficção científica, os contos sintetizam os relacionamentos da época atual, com personagens que vivem um presente devastado por algo que nem sabem o que é, e com saudade de um passado e de um futuro, ainda que, remotos.
Ter saudade era bom, de Moema Vilela, será lançado pela Dublinense nesta terça-feira (30), a partir das 19h, na Livraria Le Parole, em Campo Grande.
No texto da orelha do livro, o escritor Reginaldo Pujol Filho fala sobre os personagens de Ter saudade era bom. “A vida fracassou ‘num cálculo onde o que estava errado não era a resposta, mas a própria proposta da equação’ e eles parecem perceber ou sentir como ter saudade era bom. Como se ter saudade fosse lembrar que um dia houve algo que encaixou. Fez sentido. Ter saudade para, num espelho invertido, encontrar um fio de esperança no futuro. Ótimo exemplo é o conto fantástico (em vários sentidos) A reconstrução que, do no meio do livro, ressoa a nostalgia da saudade para o passado e o futuro. Mas a Moema autora não parece ter saudade. Cada conto é página virada, forma explorada. Difícil mapear sua voz ou estilo no livro. Narra no papel de homem e mulher, em diferentes tempos, registros variados. Mira sempre a próxima forma. Olha para trás apenas para lembrar o que não repetir.”
Ter saudade era bom foi selecionado e conta com o incentivo do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC) da Fundação Municipal de Cultura (Fundac) da Prefeitura Municipal de Campo Grande (MS).
Lançamento
- Data e horário: 30 de setembro, a partir das 19h
- Local: Livraria Le Parole, localizada na Rua Euclides da Cunha, nº 1126.
- Preço: R$ 25,00
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