Dólar segue exterior e cai com economia dos EUA e BCE
O Dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira afetado pela contração da economia dos Estados Unidos no primeiro trimestre e pelas expectativas de novos estímulos pelo Banco Central Europeu (BCE). A moeda americana caiu 0,51%, a R$ 2,2240, registrando a segunda sessão seguida de queda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou […]
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O Dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira afetado pela contração da economia dos Estados Unidos no primeiro trimestre e pelas expectativas de novos estímulos pelo Banco Central Europeu (BCE).
A moeda americana caiu 0,51%, a R$ 2,2240, registrando a segunda sessão seguida de queda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,6 bilhão. “A revisão do crescimento dos EUA no primeiro trimestre provoca uma revisão no crescimento do ano inteiro e mostra que, realmente, o Fed está certo em sinalizar que a discussão da alta dos juros ainda é muito incipiente”, afirmou o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho, referindo-se ao Federal Reserve, banco central dos EUA.
A economia americana registrou contração de 1,0% no primeiro trimestre, em termos anualizados. Foi a primeira queda do Produto Interno Bruto (PIB) em três anos e refletiu o impacto do inverno rigoroso, mas há sinais de que a atividade se recuperou deste então.
A atividade mais fraca poderia levar o Fed a adiar o aumento da taxa de juros, com medo do impacto do aperto sobre a recuperação econômica. Juros mais altos nos EUA tenderiam a atrair de volta à maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil, afetando o câmbio. A percepção de que as taxas de juros não devem subir tão cedo nos EUA também se refletia nos rendimentos da dívida pública do país, com os juros de 10 anos oscilando perto das mínimas em 11 meses.
O dólar também foi influenciado pela expectativa de aumento na liquidez global, resultante do esperado corte nas taxas de juros do BCE. Pesquisa da Reuters mostrou que os economistas esperam que o banco central corte a taxa de juros a 0,10% e a taxa de depósitos para território negativo, em -0,10% na próxima semana.
Nesse contexto, a moeda americana perdeu terreno sobre moedas como os pesos chileno e mexicano. Contra o euro, tinha leve queda, após atingir a mínima em três meses nesta semana. No Brasil, a volatilidade foi acentuada pela briga antes da formação da Ptax de maio, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais.
Nos últimos pregões do mês, investidores costumam disputar para empurrar a taxa a patamares mais favoráveis às suas posições cambiais. “Aqui, a influência do exterior se somou à briga pela Ptax, que pesou bastante durante a tarde e ajudou o dólar a chegar às mínimas”, afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel. A mínima desta sessão foi de R$ 2,2168.
Pela manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares. Todos os contratos vendidos vencem em 2 de fevereiro de 2015 e têm volume correspondente a US$ 198,3 milhões.
O BC também ofertou contratos para 1º de dezembro deste ano, mas não vendeu nenhum. Em seguida, também vendeu a oferta total de swaps em leilão de rolagem. Até agora, foram rolados pouco menos de metade do lote total que vence no próximo mês, equivalente a US$ 9,653 bilhões.
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