Dólar fica abaixo de R$ 2,25 após pesquisas eleitorais
O dólar fechou em queda de quase 1% nesta quarta-feira e abaixo de R$ 2,25 pela primeira vez em quase um mês, reagindo a novas pesquisas eleitorais que mostraram que as chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) diminuíram. A moeda americana caiu 0,82%, a R$ 2,2456 na venda, após chegar a R$ 2,2426 […]
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O dólar fechou em queda de quase 1% nesta quarta-feira e abaixo de R$ 2,25 pela primeira vez em quase um mês, reagindo a novas pesquisas eleitorais que mostraram que as chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) diminuíram.
A moeda americana caiu 0,82%, a R$ 2,2456 na venda, após chegar a R$ 2,2426 na mínima do dia. Trata-se do nível mais baixo de fechamento desde 30 de julho, quando terminou em R$ 2,2427. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,5 bilhão. “O mercado escolheu: quando a Dilma sobe, o viés é de alta do dólar e quando a Dilma cai, o viés é de baixa”, afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Duas pesquisas eleitoras divulgadas nas últimas 24h mostraram a candidata Marina Silva (PSB) vencendo a candidata petista em um eventual segundo turno das eleições. Na véspera, o dólar já havia caído mais de 1% com o mercado especulando sobre o resultado da pesquisa Ibope, divulgada após o fechamento dos negócios. A pesquisa mostrou Marina 10 pontos à frente de Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno, mas ainda atrás de Dilma, e 9 pontos acima da presidente em um eventual segundo turno.
Nesta manhã, pesquisa CNT/MDA apontou na mesma direção, também mostrando Marina superando Dilma em um segundo turno. A queda do dólar ganhou força no fim da sessão, reagindo a um fluxo de entrada de divisas. Com isso, o dólar rompeu o suporte dos R$ 2,25 e, segundo operadores, desencadeou uma série de operações de “stop-loss” – vendas de divisa desencadeadas automaticamente com o objetivo de limitar perdas.
O patamar de R$ 2,25 tem sido identificado como um piso informal por alguns analistas, que acreditam que o recente bom humor com o cenário eleitoral não é suficiente para sustentar o dólar abaixo desse nível.
Isso porque, por um lado, na avaliação de alguns operadores, é cedo demais para apostar firmemente na vitória de Marina Silva, pois acreditam que as pesquisas divulgadas até agora foram influenciadas pela comoção com a morte trágica do então candidato do PSB Eduardo Campos, e que esse efeito pode se dissipar em breve.
Por outro lado, embora agentes do mercado prefiram Marina à Dilma, há dúvidas sobre as propostas da ex-senadora e de sua capacidade de governança. “A verdade é que o mercado preferia o Aécio (Neves, candidato do PSDB)”, disse o operador de câmbio da corretora Fair Luiz Souza, para quem o dólar deve voltar a operar entre R$ 2,20 e R$ 2,25 se as próximas pesquisas confirmarem a ascensão de Marina.
“Mas depois das eleições, a tendência é de alta do dólar. O mercado vai querer que ela (Marina) mostre a que veio”, acrescentou, em referência a uma possível cenário de vitória da ex-senadora nas eleições de outubro.
Pela manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Formam vendidos 2 mil contratos para 1º de junho e 2 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,5 milhões.
O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil contratos para rolar os swaps que vencem em 1º de setembro. Até agora, o BC rolou cerca de 84% do lote total, que corresponde a US$ 10,070 bilhões.
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